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Revoltante

Professor de dança foragido abusava de alunas que ganhavam ‘bolsa de estudo’

Depoimentos revelam abusos sexuais e psicológicos

16 Out 2017 - 15h24Por Midiamax

Uma bolsa de estudos era o chamariz para que o professor e dono de uma escola de dança, em Campo Grande, atraísse garotas que tinham o sonho de se tornar profissionais reconhecidas, e acabar abusando sexualmente delas.

Ao todo foram sete vítimas, que já prestaram depoimentos na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) relatando os abusos sexuais e psicológicos que sofriam durante as aulas e ensaios.

De acordo com a delegada que cuida do caso, Marilia de Brito Martins, muitas meninas eram recrutadas em escolas estaduais e em sua maioria bolsistas da escola do professor, que se aproveitava da situação para cometer os abusos. “Todas em seu depoimento relataram a forma como ele agia para cometer o crime”, diz a delegada.

Uma das aunas do professor, de 25 anos, conta que era bolsista em sua escola de dança e que os abusos só teriam parado nos últimos 3 anos que passou na companhia, quando foram entrando novas integrantes, que se tornariam 'novos alvos'.

Segundo ela, geralmente as meninas que ganhavam bolsa para estudar na escola passavam a enfrentar algum tipo de assédio. "Sempre começava da mesma forma. Depois de conhecer a sua rotina, ele marcava um tipo de treinamento a sós, momento em que começam as investidas”, diz.

Durante os treinos, ele tirava a camisa e fazia a bailarina ficar só de top, sem blusa. “Fui abusada sexualmente já no segundo treinamento. Era como se você fosse obrigada a fazer aquilo”, fala.

A ex-aluna ainda relata comportamentos abusivos por parte do professor que, segundo ela, atingiam todas as dançarinas. "Quando uma menina arrumava um namorado, o professor passava a usar palavras de baixo calão xingando as dançarinas, afirmando que elas não poderiam manter relacionamentos, pois perderiam o foco da dança", detalha.

Uma das vítimas do professor teria sido sua ex-cunhada, que teria sido agredida fisicamente com puxões de cabelo, tapas, além de ser obrigada a participar de sessões de sexo a três.

A primeira ocorrência registrada contra o professor aconteceu em setembro de 2016, quando a mãe de uma adolescente de 16 aos procurou a delegacia de polícia, após a filha contar ter sido abusada sexualmente pelo professor durante uma das aulas.

Ele teria levado a garota para o piso superior do local o de estava acontecendo a aula, e em uma sala escura, a segurado com força pelo braço e a estuprado. Outro boletim de ocorrência foi feito em 2017 por outra adolescente.

Outra vítima do professor, uma adolescente de 15 anos, perdeu até ano escolar devido a noitadas em shows sem pagamento de cachê. Os relatos são da mãe da adolescente, que também se diz vítima, pois na época chegou a ser denunciada no Conselho Tutelar por maus tratos, que nunca ocorreram e nem foram comprovados.

Os abusos que as meninas sofriam também eram financeiros já que os cachês que elas ganhavam eram retidos pelo professor, com a desculpa de que já 'ganhavam visibilidade e experiência na companhia de dança'. Algumas garotas eram selecionadas para dançar num programa de tevê em emissora regional.

Denuncia em rede social

Uma bailarina de Campo Grande, que atualmente mora no Distrito Federal, usou as redes sociais, para denunciar que teria sofrido abusos por parte do coreógrafo e dono de uma companhia de dança da Capital.

Ela afirmou no depoimento que se não mantivesse relações sexuais com ele era cortada das apresentações. A jovem diz que ainda que era obrigada manter as relações sem o uso de preservativo e que com isso, contraiu DSTs (Doença Sexualmente Transmissível).

“Iniciei como bolsista na academia dele em 2010. Fiz parte da companhia, dancei em shows, programa de TV e qualquer outra coisa que surgisse. Saí em janeiro de 2013 quando me mudei para Brasília para fazer faculdade. Nesses dois anos fui abusada sexual, profissional, financeira, moral e psicologicamente. Eu e muitas outras meninas que passaram pelos seus ‘ensinamentos’”, diz a postagem.

A dançarina afirmou em seu post que ao contar para o coreógrafo que havia contraído DST e que suspeitava de gravidez, foi humilhada e chamada de prostituta, por várias vezes. Ela ainda diz que o professor de dança teria pedido o dinheiro do cachê pago por um bar aos bailarinos, pois a companhia estava em dificuldades financeiras. Depois disso, a jovem diz não ter mais recebido o dinheiro pelo trabalho.

Sobre fazer a denúncia anos após ter deixado o grupo de dança, ela explica que “Eu não queria ter demorado tanto a falar sobre isso, mas ainda é muito difícil. A culpa e o medo que cerca esse meu discurso as vezes pesa mais do que a vontade de falar e sanar injustiças. São poucas pessoas que sabem dessa história e hoje eu quero que todo mundo fique sabendo. Ainda com medo, ainda com vergonha".

Foragido

O professor de dança teve sua prisão decretada no dia 6 de outubro e acabou fugindo. Ele foi indiciado por estupro e deveria ser ouvido na mesma semana. O referido inquérito investiga o crime praticado contra adolescente, no ano de 2015, mas que só foi registrado em setembro de 2016. De acordo com a delegada ainda não set um possível paradeiro do professor e coreógrafo.

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