O alto índice de eleitores indecisos é assustador na disputa pelas oito vagas da Câmara dos Deputados, conforme atesta levantamento feito em junho pelo IPEMS (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul).
Pesquisa espontânea – aquela em que o eleitor opina sem ter acesso ao cartão-disco com a lista de candidatos) revela que 91.55% das pessoas entrevistadas disseram que "não sabem em quem votar ou não responderam ao questionário para deputado federal".
Na pesquisa do IPEMS, sob o registro de número 09/2006/TRE, 2 mil pessoas foram entrevistadas entre os dias 17 a 25 de junho. A margem de erro é de 2,19% com grau de confiança de 95%.
A prova maior de que a população ainda não se familiarizou com os candidatos é que ao responder o questionário, muitas pessoas citaram políticos que não estão pleiteando a Câmara dos Deputados.
De acordo com os números da pesquisa espontânea do IPEMS, o deputado federal Nelson Trad (PMDB) surge em primeiro lugar com 1.15%, seguido pelo seu companheiro de partido Waldemir Moka, com 1.10%; Antônio Cruz (PP), 0.80%; Vander Loubet (PT), 0.80%; João Grandão (PT), 0.75%; Marçal Filho (PMDB), 0.45%; Waldir Neves (PSDB), 0,45%.
O deputado estadual Dagoberto Nogueira (PDT), que tenta chegar a Câmara, é o sexto, com 0.30% das intenções de voto, empatado com o deputado federal Geraldo Resende (PPS). Em sétimo aparece o ex-prefeito de Sidrolândia, Enelvo Felini (PDT), com 0.25%; Loester Nunes (PDT), com 0.20%; Murilo Zauith (PFL), que não é candidato a reeleição, também tem 0.20% de preferência.
O ex-deputado estadual Pastor Reginaldo (PMDB) também aparece com 0.20%, enquanto que 0.15% votaram na legenda do PT; mesmo percentual obtido pelo ex-deputado federal Manoel Vitório (PT); Zé Brraquiária, 0.15%; Antônio Juliano, 0.10%; Antônio Carlos Biffi (PT), 0.10%; Coronel Walmir, 0.10%; João Lucas, 0.10%; o senador Juvêncio da Fonseca (PSDB), que também não é candidato ao cargo, tem 0.10%; Maria Helena Pereira, 0.10%; o vereador Edmar Neto (PSDB), 0.05%; o ex-deputado Gandi Jamil, aparece com 0.05%; o deputado Londres Machado (PL), que não postula à Câmara, 0.05%; Luiz Pedro Guimarães, 0.05%; Marisa Serrano (PSDB), que também não é candidata à Câmara, surge com 0.05%; Marquinhos (Corumbá), 0.05%; Roberto Orro (PDT), 0.05%; Tânia Garib (PMDB), 0.05%; e Valter Palma, 0.05%.
Escândalos – Analistas consultados pelo site Conjuntura Online acreditam que o elevado índice deve-se a vários fatores, entre os quais, o grau de desconhecimento, já que a grande maioria da população ainda não sabe quais são os candidatos. No entanto, o quadro poderá mudar a partir do início do programa eleitoral de rádio e televisão, previsto para agosto.
Outro fator seria o desinteresse do eleitorado em relação a escolha de seus representantes no Congresso Nacional. A onda de corrupção que eclodiu em Brasília de uns dias para cá, para os analistas, também pode ter inibido a opinião pública.
Um dos escândalos culminou com a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios e com a mais recente, a CPMI das Sanguessugas, que apura desvio de recursos no setor de saúde pública do País.
Conjuntura Online
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