Após mais de cem pessoas terem sido seqüestradas em instituto de pesquisa de Bagdá nesta terça-feira, o ministro da Educação Superior ordenou o fechamento imediato de todas as universidades até que melhoras na segurança sejam realizadas. O ministro do Interior também pediu o mandato de prisão de cinco de comandantes de polícia responsáveis pela área do instituto.
Segundo meios de comunicação locais, três seqüestrados teriam sido libertados e deixados em um hospital, amarrados, vendados, mas sem ferimentos.
A polícia e testemunhas afirmam que os seqüestradores fecharam as ruas ao redor durante a ação, que durou 20 minutos no Ministério de Educação Superior e Pesquisa Científica, no distrito central de Kadarrah. O instituto é responsável por fornecer bolsas de pesquisa e intermediar intercâmbios de professores e estudantes que querem estudar no exterior.
O porta-voz da polícia Mahir Hamad disse que toda a operação demorou cerca de 20 minutos, Quatro guardas do instituto não ofereceram resistência e estavam desarmados, afirmou.
Testemunhas, incluindo uma professora que visitava o local na hora do seqüestro, afirmaram que homens armados forçaram homens e mulheres a entrar em salas separadas, algemaram os homens, e os colocaram em caminhonetes. A professora afirmou que os seqüestradores, alguns com máscara, vestiam uniformes azuis do tipo usado por comandos de polícia. O ministro da Educação Superior ordenou o fechamento imediato de todas as universidades até que melhoras na segurança sejam realizadas, afirmando não estar "pronto para ver mais professores serem assassinados."
"Só tenho uma escolha, que é suspender as aulas nas universidades. Não temos outra escolha", disse Abed Theyab a membros do parlamento durante sessão da Casa. Theyab afirmou ter pedido diversas vezes por mais segurança nas universidades, aos Ministérios da Defesa e do Interior, que comanda a polícia, mas não recebeu resposta de nenhum dos dois.
O seqüestro foi o mais audacioso de uma série de assassinatos e outros ataques tendo como alvo acadêmicos iraquianos, o que está causando a fuga de milhares de professores e pesquisadores para países vizinhos para escapar da violência sectária.
Nas últimas semanas um proeminente geólogo foi assassinado, elevando o número de mortos entre educadores para 155 desde o início da guerra. Os acadêmicos aparentemente foram escolhidos por seu relativo status público, vulnerabilidade, e posições conhecidas em questões controversas, em um clima de acirramento do fundamentalismo islâmico.
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