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Câncer de estômago tem novo tratamento no Brasil

31 Dez 2004 - 10h05
Os sintomas são os mais variados. Vão desde dores abdominais, queimação no estômago, enjôos e vômitos até a presença de um tumor palpável. O câncer de estômago está em quinto lugar no ranking de incidência da doença nos brasileiros e é o segundo em mortalidade. Isso é resultado do diagnóstico tardio em grande parte dos pacientes, que subestima o aparecimento dos sinais e não procura um médico.

A novidade em relação a essa doença está no tratamento. Antes, no País, a retirada do tumor era feita apenas por meio de cirurgia com corte abdominal. Agora é possível retirá-lo pela boca, com a utilização de um aparelho de endoscopia.

Esse novo tipo de tratamento teve início no Japão, há quatro anos. No Brasil, a adoção da técnica é recente. Foi usada de forma experimental nos últimos 12 meses e agora passou a ser utilizada definitivamente no tratamento da doença. “A cirurgia endoscópica, no Brasil, saiu da experiência em pesquisa e passou para a área de aplicação clínica”, destaca Eduardo Linhares, médico da Seção de Cirurgia Abdômino-Pélvica do Instituto Nacional de Câncer (Inca). "De 10% a 20% dos tumores no estômago podem ser retirados por esse método", acrescenta.

A cirurgia endoscópica utiliza manobras e técnicas específicas no uso do aparelho de endoscopia. Com a retirada do tumor pela boca, eliminam-se os riscos e complicações inerentes a qualquer cirurgia de grande porte e o paciente tem melhor recuperação. “Nos casos em que o paciente é submetido a uma cirurgia comum, a recuperação é tardia, demora de sete a dez dias”, observa Eduardo Linhares.

Após a cirurgia, o percentual de cura depende do estágio de desenvolvimento da doença. Quando se tem um diagnóstico precoce, as chances chegam a 100% dos casos. Já quando o câncer de estômago é descoberto em um estágio avançado, o percentual de cura é em torno de 30%. “O diagnóstico tardio é muito letal em se tratando de câncer gástrico”, ressalta o cirurgião do Inca.


Doença – O câncer gástrico atinge, sobretudo, pessoas na faixa etária de 50 a 60 anos. Sua incidência se dá praticamente igual em homens e mulheres. As causas mais prováveis para o aparecimento desse tipo de câncer são a infecção por uma bactéria chamada Helicobacter-dylory, encontrada em água de consumo de má qualidade, a ingestão de produtos muito ricos em sal, o hábito de fumar e o consumo de carne branca ou vermelha conservada no sal. A prevenção está associada, principalmente, à melhoria da qualidade da água para consumo e à ingestão de uma dieta rica em fibras naturais e pobre em sal.

O diagnóstico é muito rápido. É feito por meio de uma endoscopia digestiva. O exame é oferecido amplamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O problema é que, mesmo a doença sendo de fácil diagnóstico, os pacientes muitas vezes percebem os sintomas, mas não procuram tratamento. Muitos deles associam os sintomas desse tipo de câncer aos causados por má alimentação ou por outro problema gástrico.


Congresso discute tratamento de tumor no estômago

No primeiro Congresso de Câncer Gastro-intestinal do Brasil (Gastrinca), realizado de 2 a 4 de dezembro no Rio de Janeiro, foram apresentados resultados inéditos de pesquisa internacional sobre o Gist, tumor responsável por 5% dos casos de neoplasia no estômago. O estudo mostrou que a introdução de um novo medicamento via oral em seu tratamento, exclusivamente ou combinado com a cirurgia, tem trazido resultados excelentes. O remédio age controlando a passagem do tumor de um órgão para outro (metástase), com resposta superior a 60%.

"Esse novo procedimento vai mudar drasticamente o tratamento do Gist. Há uma sensível melhora na sobrevida do paciente", explica Eduardo Linhares de Mello, médico da Seção de Cirurgia Abdômino-Pélvica do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O medicamento, conhecido como Imatinibe, foi testado há cerca de um ano pelo Inca, em protocolo de pesquisa, e já é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os resultados do Gastrinca, idealizado pelo diretor geral do Inca, José Gomes Temporão, serão divulgados aos médicos por meio de campanhas e cursos.
 
 
Agência Popular

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