Comerciantes de Dourados vivem momento de caos na área central. São furtos, arrombamentos e vandalismo, que estão causando prejuízos grandes no bolso dos lojistas. Para levar pouca ou muita mercadoria furtada vale tudo, até mesmo quebrar as portas de vidro. A ação criminosa vem aumentando a cada dia e por mais que se reclame, nenhuma providência é tomada. Os casos estão mais intensos nos últimos três meses. Ontem a vítima foi o gerente da Farmácia São Bento, Rudimar Pereira da Silva. Ao chegar na empresa pela manhã, se deparou com cacos no chão; tudo o que sobrou da porta de vidro. Do local levaram celulares, mercadorias e dinheiro. É a tarceira vez que a empresa é alvo dos bandidos. O prejuízo, passa de R$ 3 mil levando em conta as vezes que foi preciso concertar a porta. Para Maria Celma Vieira, da loja Célia Modas, o prejuízo foi de R$ 500. Ela conta que no último dia 28, ladrões "pescaram" várias peças de roupas da loja, por meio de uma abertura entre um vidro e outro. No mesmo dia, Nádia Carneiro, da loja Hábeas Corpus, também foi vítima dos bandidos. Eles quebraram a porta de vidro e levaram 62 peças de roupas. "Eles mais bagunçaram do que levaram, mas mesmo assim o prejuízo foi grande", conta. Na Optica Visual, os ladrões levaram fichas de clientes. "Eles arrombaram a porta e saíram pensando que estavam levando cheques", conta a funcionária Jucilene Ventura dos Santos. Todas as vítimas registraram boletim de Ocorrência na Delegacia. Elas temem novas ações. Carlos Rezende, gerente do Banco Panamericano, teme que o mesmo aconteça em sua empresa. "Nesta rua só está faltando a nossa empresa para eles arrombarem. Algo precisa ser feito com urgência", reclama. Segundo ele, a Polícia Militar sabe do problema mas nada é feito. "Estamos indignados porque os ladrões tomam conta da cidade e fazem o que querem. Os policiais sabem dos horários e quem são estas pessoas mas não tomam atitude", disse.
PM
O capitão Carlos Silva da Polícia Militar, disse que a PM já tem o conhecimento do caso. Segundo os responsáveis pelos crimes são dois grupos de jovens. Alguns dos integrantes, já foram presos. Para o capitão, a maior dificuldade que a polícia enfrenta é flagrá-los cometendo crime e mantê-los na cadeia. "A legislação abre brecha para que eles sejam soltos de forma rápida. Eles acabam voltando para as ruas e cometendo os mesmos crimes". Apesar disso, ele assegura que a PM já está no encalço dos bandidos. "Nós já sabemos quem são e já reforçamos o efetivo para prendê-los", finaliza.
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