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Brasil

Dengue apavora duplas no Circuito de Vôlei Praia

12 Abr 2007 - 10h26

A quinta etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, que começou agora pela manhã na arena montada no Parque das Nações Indígenas, é disputada em clima de pavor pelas duplas que participam do qualifying em decorrência da epidemia de dengue que toma conta de Campo Grande (MS). Ao tomarem conhecimento de que até mesmo o diretor-técnico da FVMS (Federação de Vôlei de Mato Grosso do Sul), Paulo Manzano, contraiu a doença, os noruegueses Horren e Maaseide não esconderam o medo.

“Não sei nem quais são os sintomas dessa doença. Mas me disseram que ela é terrível”, revelou Horren, que estreou no qualifying abusando no uso do repelente. Para o coordenador da competição , Giovane Marques, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) tomou todas as providências cabíveis. “Orientamos os atletas sobre a dengue, sugerimos o uso de repelentes e junto com a Secretaria Municipal de Saúde realizamos o trabalho preventivo aqui no Parque das Nações Indígenas”, disse Giovane.

O vice-presidente da FVMS, Gabriel Brait, foi escalado para proferir uma palestra aos atletas participantes durante o congresso técnico que definiu a tabela de jogos. Brait falou da epidemia, apresentou números e orientou os atletas. “Eu fiquei assustado com o número de vítimas da dengue em Campo Grande”, confidenciou o professor Maurício, responsável pelas clínicas de iniciação esportiva, que estão reunindo 105 crianças por dia. “Aqui eu tenho procurado orientar as crianças a usarem repelentes e se protegerem da dengue”, disse Maurício, que nesta manhã trabalha com um grupo de 35 meninos e meninas, juntamente com a dupla Jean e Pará.

Atletas de ponta

A preocupação com a dengue é ainda maior entre os atletas classificados para a fase principal e que estão na briga por vaga nos Jogos Pan-Americanos. É o caso por exemplo da campeã olímpica Sandra Pires. “Eu nunca tive dengue e estou apostando na minha boa saúde para não contraí-la aqui em Campo Grande”, disse Sandra, lembrando que já está abusando do repelente, como orientou a Confederação Brasileira de Vôlei.

Para Virna, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, é preciso que as autoridades campo-grandenses se atentem para a repercussão negativa que esta epidemia provoca, principalmente num evento de caráter internacional como é o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. “Você vê que a etapa atrai inclusive duplas estrangeiras. Imagina o que a mídia internacional dirá de Campo Grande se um norueguês desses contrair dengue aqui?”.

Gerente de administração do Banco do Brasil, Maristela Bruno optou por divulgar as ações sociais da instituição financeira, lembrando que desde 2000 o banco vem realizando campanhas preventivas sobre a dengue, trânsito e meio-ambiente e garantiu que durante a disputa da etapa estarão sendo distribuídos folhetos informativos sobre a doença.

A aquidauanense Talita Antunes, que é uma das favoritas dessa etapa do Circuito e que anunciou já ter sofrido com a dengue, é uma das mais procuradas pelos atletas. “Todo mundo quer saber quais são os sintomas. Está uma verdadeira paranóia. Qualquer coisinha que acontece as pessoas já acham que é a dengue”.

Números da dengue

Campo Grande registrou em uma semana quase dois mil novos casos de dengue, conforme balanço divulgado hoje pela Secretaria Estadual de Saúde. Enquanto no dia 3 de abril tinham sido notificados 40.009 casos, nesta terça-feira esse número saltou para 41.962 casos, ou seja, um total de 1.953 casos, o que representa 65,3% dos 64.288 casos registrados nos 78 municípios de Mato Grosso do Sul de janeiro deste ano até agora.

Em três meses e dez dias de epidemia de dengue, Campo Grande registrou quase 23 vezes mais casos da doença do que em todo o ano passado, já que de janeiro a dezembro de 2006 foram 1.830 casos contra 41.962 neste ano.

Apesar dos números expressivos de casos, a Prefeitura insiste em afirmar que a epidemia está sob controle e já desativou os 15 leitos dos hospitais dia instalados em Campo Grande, além de não renovar o convênio firmado com o Exército Brasileiro para a realização dos mutirões de limpeza nos bairros da cidade.

Além de Campo Grande, também aparecem no ranking da doença no Estado com número expresivos as cidade de Três Lagoas, Dourados, Aquidauana, Ponta Porã, Coxim e Nova Andradina. O município de Três Lagoas é o segundo com 3.176 casos notificados de dengue de janeiro até agora, seguido por Dourados (3.084), Aquidauana (1.362), Ponta Porã (1.213), Coxim (1.181) e Nova Andradina (1.018).

 

 

 

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