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Brasil

Doação de rins cai pela metade em Mato Grosso do Sul

25 Jul 2007 - 06h02

Nos últimos doze meses, o número de transplantes de rins feitos a partir de doadores mortos caiu pela metade no Estado. No primeiro semestre deste ano, foram apenas quatro. A Associação dos Renais Crônicos recorreu ao Ministério Público para saber porque esse tipo de doação praticamente deixou de ser feita.

Já são mais de dois anos de uma espera angustiante. José Roberto Ost precisa fazer um transplante de rim, mas por enquanto depende do acaso. “Estou a espera de alguém que tenha morte encefálica, porém estou achando muito difícil que isso acontece, porque pelo que eu tenho visto está existindo total desinteresse da equipe de transplante da Santa Casa em notificar os casos de morte encefálica”, diz.

Em todo o Estado, segundo a Associação dos Renais Crônicos, mais de mil pessoas são submetidas a sessões de hemodiálise. Dessas, cerca de 300 estão na fila de espera, prontas para receber um rim transplantado. Mas um fato tem chamado a atenção dos pacientes: o número de doadores mortos vem caindo no estado.

No primeiro semestre de 2006 foram feitos oito transplantes de rins. Já nos primeiros seis meses deste ano foram captados rins de apenas dois doadores mortos, o que resultou em 4 transplantes.

Em todo hospital com mais de oitenta leitos existe uma comissão intra-hospitalar de transplantes. O papel dessa comissão é explicar às famílias dos prováveis doadores a importância da doação de órgãos e também de notificar as mortes encefálicas. Só com essa notificação é possível captar órgãos de cadáveres, como o coração e os rins. Segundo a Central de Transplantes, essas notificações não vêm sendo feitas.

“A notificação de morte encefálica, imediatamente após o médico notificar, tem que ser passada para a central para que a gente possa ficar auxiliando e monitorando esse processo. Nós não estamos recebendo notificações de morte encefálica dos hospitais daqui de Campo Grande”, explica a coordenadora da Central de Transplantes de MS, Claire Miozzo.
 
O coordenador da Comissão de Transplantes da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura, assumiu o cargo há apenas três semanas, mas garante que essas notificações estão sendo feitas. “Existe uma busca ativa da nossa própria equipe. Existem funcionários 24h que acompanham todas as entradas de pacientes possíveis doadores. Os poli-traumatizados, excluindo-se já por idade e por patologia, são acompanhados a cada turno e depois disso é fornecida uma notificação para a central, que está sendo feita”, afirma.

O número de doadores teria caído, segundo o coordenador da comissão, porque o número de mortos diminuiu. A Associação Estadual dos Renais Crônicos tem dúvidas. Por isso, recorreu ao Ministério Público.

“Pedimos ao Ministério Público que fizesse uma verificação do porque que diminuiu, porque nós não temos essa resposta. A Santa Casa não nos dá essa resposta e a captação não tem essa resposta. Eles alegam que não tem doadores. Mas a gente sabe que o número de acidentes em Campo Grande é muito grande, acidentes de moto, a violência, a gente sabe que todo dia tem pessoas indo a óbito. Então a gente acredita que não tem uma equipe de profissionais fazendo esse trabalho ou não está havendo interesse”, é a opinião do presidente da associação, Jesivaldo Carlos.

Os renais crônicos reclamam também da falta de campanhas para conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos. Segundo a Central de Transplantes, uma campanha será feita no mês de setembro em todo o país.

 

 

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