Dólar fecha em alta de 0,05%, vendido a R$ 2,148

O dólar fechou a quinta-feira com discreta valorização de 0,05%, a R$ 2,148, refletindo algumas remessas de recursos no fim do pregão.

Operadores disseram que a oscilação dependeu apenas de entrada e saída de dólares no mercado. A mínima foi de R$ 2,143 e a máxima, de R$ 2,152.

"O mercado está reagindo menos aos números lá de fora e mais ao fluxo aqui, do mercado doméstico", afirmou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper.

Entre os números dos Estados Unidos conhecidos nesta manhã, os pedidos de auxílio-desemprego caíram mais que o esperado na última semana, enquanto os preços de importados subiram 0,2% em novembro.

Apesar da menor intensidade na reação interna aos dados dos EUA, investidores aguardam o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na sexta.

Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, também acredita que o dólar deva variar ao sabor do fluxo cambial até o fim do mês.

"O risco a 204 (pontos-básicos) está atraindo investidor e fluxo de ingressos.... e os estrangeiros estão aumentando a posição vendida, estão vendendo dólar e comprando bolsa", disse o operador, mencionando uma saída de recursos mais forte no final da sessão que ajudou a pressionar o câmbio.

O risco Brasil está nas mínimas históricas, demonstrando maior confiança do investidor externo no país. E o bom desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo - que está nos maiores níveis da história, acima dos 43 mil pontos - também atrai estrangeiros.

Em dezembro até o dia 11, o superávit de capital externo na Bovespa soma R$ 920 milhões.

A atuação do Banco Central com leilão de swap cambial reverso provocou alguns ajustes no começo do dia. A autoridade monetária vendeu o equivalente a US$ 1,587 bilhão em swap cambial, na rolagem do vencimento de contratos em 2 de janeiro de 2007.

A operação tem efeito de compra futura de dólares. No mercado à vista, o BC comprou moeda mas aceitou só duas propostas, conforme operadores, com corte a R$ 2,1435.

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