Dourados vai acomodar primeira usina de biodiesel de MS

A primeira usina de produção de biodiesel de Mato Grosso do Sul, com produção a partir de gordura animal e óleos vegetais, entrará em operação, em caráter experimental, em Dourados até dezembro deste ano, informa a edição desta terça-feira do jornal Correio do Estado.

Segundo o jornal, todo o investimento deverá ficar em torno de R$ 5 milhões. Ele está sendo feito com recursos próprios da Biocar, mas está sendo buscado financiamento também junto ao FCO/Banco do Brasil para complementar os custos da instalação.

O periódico afirma que a indústria está sendo construída no Distrito Industrial de Dourados, em área cedida pela prefeitura. Segundo o diretor da Biocar, José Carrero, dois setores básicos da planta industrial já estão prontos: os misturadores – tonéis onde é feita a reação química que transforma o óleo vegetal e animal em óleo refinado, e as caldeiras para tratamento da gordura animal.

Em entrevista ao jornal, o químico Luiz Felipe Blanco de Alencar disse que até o final do ano ficarão prontos os tanques de armazenamento de biodiesel e a esmagadora de grãos. "Vamos produzir o biodiesel a partir de duas matrizes distintas, que são os grãos vegetais e a gordura animal, abundantes na nossa região", destacou o técnico.

Carrero explicou, segundo o Correio do Estado, que para a produção inicial de 30 mil litros/dia, a Biocar já iniciou o cadastramento de mil famílias de assentamentos e propriedades familiares para se tornarem fornecedoras de matéria-prima. Somente em Dourados existem dois assentamentos (Amparo e Lagoa Grande, na região de Itahum), além dos vizinhos Itamarati I e II, em Ponta Porã, lembra o jornal.

A Biocar, segundo o periódico, pretende comercializar a produção em diversas frentes, inclusive podendo atender diretamente o agricultor permutando a matéria-prima, no caso da soja, pelo combustível. "Temos informação que esse tipo de permuta pode proporcionar economia de até 50% no custo que o produtor tem com combustível", disse Carrero.

Carrero informou ao jornal que a indústria iniciará a produção com 30 mil litros/dia e deverá chegar a 180 mil litros com a sua capacidade plena, empregando cerca de 75 pessoas em três turnos de trabalho.

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