Definido hoje no Seminário Internacional Sobre Repressão ao Crime Organizado, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), o uso de escutas telefônicas como forma de combate ao crime organizado. A técnica de investigação é utilizada para auxiliar na produção de provas para os processos contra integrantes do crime.
Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o uso dessas técnicas é imprescindível, mas o respeito à privacidade do cidadão deve ser preservada. "Jamais defenderemos o uso intempestivo ou sem controle dessas técnicas, mas não se pode deixar de reconhecer o caráter imprescindível desses instrumentos em alguns casos", afirmou.
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, defende o uso da técnica e a necessidade de se desmistificar a ideia de que ela fere o direito à privacidade. “A escuta é importante, não é a única prova, mas ela racionaliza o trabalho, falamos em todos os meios telemáticos, inclusive os e-mails. Precisamos desmistificar: esta é uma privacidade que não faz bem à sociedade”, destacou.
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