Estudo encomendado pela Câmara Setorial de Armazenagem, Logística e Transportes de Mato Grosso do Sul mostra déficits de estocagem em 11 regiões do Estado: Três Lagoas, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Bonito, Corumbá, Miranda e Sonora. Além disso, a pesquisa projeta ainda que o déficit de estruturas de armazenamento necessita de recursos para adequar a produção em Mato Grosso do Sul na ordem de R$ 713,9 milhões – R$ 436,7 milhões dentro da fazenda e R$ 277,2 milhões nos centros urbanos.
Se as ações do programa Expansul (Expansão de Áreas Agrícolas do Estado) atingir a meta de aumentar a área cultivada com lavouras em aproximadamente 400 mil hectares/ano, estimando alcançar três milhões de hectares em 2006 e cinco milhões de hectares em 2010, esse investimento subiria para R$ 1,7 bilhão. Para fins de previsão da necessidade de armazenamento, considerou-se que 75% da produção de soja e de milho e 100% da produção de trigo precisam ser estocados em armazéns graneleiros e silos, sendo que no caso do arroz, os armazéns são exclusivos, chegou-se então a conclusão que, levando-se em conta a produção total de grãos estimada para a safra 2004/05, aproximadamente seis milhões de toneladas, o déficit pode chegar próximo a um milhão de toneladas.
Nas perspectivas para os próximos cinco anos a tendência também é de crescimento da falta de espaço para as próximas safras. A região de Dourados, tradicionalmente conhecida como principal pólo de agricultura comercial, é também a com maior potencial de crescimento, onde se estima uma capacidade de duplicação da atual produção para os próximos anos. É exatamente aí que está o problema, pois só no caso da soja, milho e trigo o déficit no armazenamento é de 980 mil toneladas.
Falta de local para armazenar grãos é uma ameaça constante aos produtores agrícolas em todo o País, sendo que em Mato Grosso do Sul este ano os produtores só não sofreram as conseqüências, que a falta de armazenagem resulta, devido à quebra da safra 2003/2004. De acordo com o coordenador da Câmara Setorial de Armazenagem, Logística e Transporte de Mato Grosso do Sul, Carlos Eduardo Duppas, na safra passada os produtores não tiveram problemas com armazenagem no Estado, pois foram surpreendidos pela estiagem e a ferrugem asiática, resultando quebra na colheita.
“Mas se a safra 2004/2005 mantiver crescimento, como foi estimado para a safra passada, deve faltar armazenagem para um milhão de toneladas”, explica Duppas. Para a safra passada, a expectativa de colheita de grãos de soja era de 5,7 milhões de toneladas, mas a estiagem e a ferrugem reduziram esse volume para pouco mais de 3 milhões de toneladas. Duppas informou ainda que o governo federal disponibilizou recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), para que produtores e empresas financiem para investir em armazéns no Estado. “O Banco do Brasil já está analisando diversos projeto”, disse. As informações são do Mídia Max News.
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar