O FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) ainda dispõe de R$ 260 milhões para financiar projetos em Mato Grosso do Sul até dezembro deste ano, sendo R$ 130 milhões para indústrias, turismo e infra-estrutura e R$ 130 milhões para o setor rural.
Os dados foram apresentados na noite de terça-feira (10/11) pelo superintendente do Banco do Brasil, Ricardo Lot, durante encontro empresarial realizado pela Fiems em parceria com a instituição financeira, Seprotur e o Sebrae/MS.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o setor produtivo do Estado não pode deixar de aproveitar essa oportunidade de crédito, pois o FCO é uma grande ferramenta de promoção do desenvolvimento estadual.
“Apesar de a taxa de juros ainda estar alta em comparação com outras linhas de crédito, o Fundo está cumprindo o seu papel de fomentar a produção sul-mato-grossense”, analisou, ressaltando que os empresários devem procurar as agências do BB no Estado para apresentar projetos.
Longen destaca que, apesar de ser um ano de crise, 2009 será encerrado em condições favoráveis para a indústria graças, em parte, as condições oferecidas no Estado. “Muitas empresas continuam vindo para Mato Grosso do Sul por causa dos incentivos fiscais e facilidades como o FCO, o que temos de saldo para 2009 é o suficiente para alavancar alguns projetos”, ressaltou.
No entanto, Ricardo Lot alerta para que os interessados nos recursos do FCO tomem algumas medidas para evitar que o projeto seja indeferido pelo Banco do Brasil.
“A nossa equipe identificou alguns problemas que atrapalham a contratação do FCO, como projetos apresentados diferentes da carta-consulta, empresários mudando de objetivo ou protelando a aquisição do Fundo e clientes apresentando dificuldades na organização dos documentos”, enumerou.
O superintendente do BB sugere que o setor produtivo una forças para pressionar o Governo Federal a realizar mudanças no FCO, como acolher a carta-consulta junto com o projeto, o que vai agilizar o processo e evitar propostas inconsistentes, reduzindo as desistências.
“Nós também defendemos a equiparação das taxas do FCO com as do Finame PSI (Governo e Entidades), que hoje estão em torno de 4,5% ao ano”, informou.
Dados
Até setembro deste ano, foram 7.639 operações do FCO no Estado, com contratações no valor de R$ 582,2 milhões. Do total das operações contratadas, 7.027 foram destinados aos micro e pequenos empreendedores e produtores rurais, um volume de R$ 248,2 milhões, cabendo destacar que o segmento de comércio e serviços foi contemplado com 2.391 operações no valor de R$ 120,2 milhões.
Os números mostram ainda que as contratações ampliaram-se no terceiro trimestre do ano, somando neste período R$ 276 milhões.
No ano passado, mais de oito mil empreendedores foram beneficiados com recursos do FCO em Mato Grosso do Sul, com as contratações somando R$ 895 milhões, 157% superior as de 2007, enquanto para este ano a previsão é fechar o ano com R$ 842,2 milhões.
Na avaliação do deputado estadual Paulo Corrêa, que é presidente da Comissão de Indústria e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa, as indústrias que se instalam no Estado estão promovendo desenvolvimento socialmente responsável e isso graças ao suporte da Fiems e BB, que é um grande operador do FCO em Mato Grosso do Sul.
O superintende de Agricultura e Desenvolvimento Agrário da Seprotur, Jerônimo Chaves, que representou a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, mesmo em ano de crise, com menos recursos, é importante que estejamos engajados para utilizar os R$ 260 milhões que o FCO disponibiliza até o fim deste ano.
Também participaram do evento os diretores da Fiems José Francisco Veloso Ribeiro, Jaime Verruck e Isaías Bernardini, o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, entre outros.
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