Após o período de trégua dado ao governo federal, os 106 fiscais federais agropecuários em Mato Grosso do Sul retomaram nesta terça-feira greve por tempo indeterminado, o que pode afetar o comércio de produtos agropecuários do Estado com o exterior. A decisão foi tomada ontem depois de assembléia-geral na sede da SFA/MS (Superintendência Federal da Agricultura de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande.
Segundo nota da Anffa (Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários), a greve é em nível nacional e vai perdurar até que o governo federal atenda os pleitos da categoria. Hoje, segundo o presidente da Associação da categoria no Estado, Sérgio Feijó Figueiredo, será realizada novas assembléias para acompanhar a evolução do movimento grevista em Mato Grosso do Sul.
No último movimento dos fiscais, que durou 10 dias, os frigoríficos de Mato Grosso do Sul chegaram a reduzir o abate de animais para evitar a paralisação total das plantas. Os fiscais só liberaram para exportação 30% da produção, enquanto o restante as empresas tiveram que direcionar ao mercado interno e armazenagem nos portos.
Os fiscais e o governo estão em negociação há mais de dois meses e o pedido inicial da categoria era de reajuste salarial de 45%. Na nota, os fiscais informam que a decisão de retomar a paralisação foi tomada "em função da proposta de reestruturação remuneratória apresentada pelo governo federal não estar de acordo com o compromisso assumido entre o ministro interino, deputados da Comissão de Agricultura da Câmara e os fiscais, realizada em 2 de agosto de 2007".
De acordo com a Anffa, serão mantidos o atendimento normal a produtos perecíveis e às demais solicitações do público com 30% do efetivo dos fiscais, conforme a legislação vigente ou eventual decisão proferida pela Justiça Federal. Os fiscais são responsáveis pela fiscalização das cargas que transitam pelos portos, aeroportos e fronteiras do País.
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