O ministro da Saúde José Gomes Temporão e as atrizes Cássia Kiss e Isabel Filardis estiveram na manhã desta quarta-feira (1º) na Cinelância, no centro do Rio, com 300 mães e seus bebês para abrir a Semana Mundial de Amamentação.
No evento, o ministro defendeu o aumento da licença maternidade de 4 para 6 meses e um número maior de partos normais da rede pública.
Este ano, a campanha do ministério da Saúde incentiva o aleitamento materno na primeira hora de vida do bebê. “O primeiro leite é mais rico em anticorpos e pode garantir melhor qualidade de vida dos bebês”, disse Temporão.
No Brasil, cerca de 27 mil recém-nascidos morrem por ano antes de completar um mês. Segundo a Unicef, 65,6% das mortes de crianças com menos de 1 ano no país acontecem no período neonatal. Pelo menos 6.750 delas poderiam ser evitadas, de acordo com cálculo da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno.
“Meu filho mais novo tem três anos e ainda mama no peito”, conta a atriz Cássia Kiss, que foi madrinha da campanha do ano passado. “O começo da vida tem que ser forte, e nada mais forte do que o leite materno. Você amamenta para fortalecer o destino daquela criança”, avalia ela, mãe de quatro filhos.
“Amamentei um ano e meio. Queria estimular as mães que ainda têm aquele mito de que amamentar faz o peito cair. É mentira, meu peito não caiu”, orgulha-se Isabel, que completa: “A saúde é mais importante que a vaidade”.
Segundo o ministério da Saúde, amamentar o bebê na primeira hora de vida ajuda na produção de leite da próxima mamada e previne hemorragias na mãe. O aleitamento materno proporciona ainda exercícios para o desenvolvimento da face da criança, favorecendo uma boa dentição, fala e respiração; e ainda diminuiu as chances de a mãe ter anemia, câncer de mama e diabetes.
É recomendável que as mães só troquem de peito depois que o leite terminar. O leite do fim da mamada tem mais gordura e, por isso, mata mais a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
"Defendo o aumento da licença maternidade de 4 para 6 meses, como já acontece em algumas repartições públicas do país, para todas as trabalhadoras. Isso permite o prolongamento da amamentação no seio e que a mãe fique mais tempo com o bebê. Atualmente há uma redução na qualidade do trabalho da mãe que volta ao trabalho”, disse o ministro da Saúde José Gomes Temporão.
A nova lei visa incentivar a alimentação da criança feita exclusivamente por leite materno até os seis meses de vida, e até dois anos, compartilhada com outros alimentos. Hoje, a média nacional de amamentação exclusiva é de apenas 38,8 dias, e nove meses de amamentação total.
Quando voltar ao trabalho, a mãe pode retirar o leite e deixá-lo guardado na geladeira por até 24 horas, ou no congelador por até 15 dias. O ministério defende ainda, que até os seis meses de idade, não é necessário complementar a alimentação com chás, sucos, outros leites e nem mesmo água.
“Hoje, 80% dos partos são cesarianas. Isso do ponto de vista da saúde pública é um absurdo. Temos que incentivar as pessoas a ter partos normais”, incentivou o ministro da Saúde.
G1
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