Nomeado como novo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa diz que se sentiu acolhido e que está muito confiante quanto à missão de realizar um bom trabalho. “Vários colegas fizeram muitos elogios quanto às igrejas de Campo Grande”, diz.
O novo responsável pela Arquidiocese sabe que encontrará situações de conflitos, que não encontrava como bispo auxiliar no Rio de Janeiro, uma delas é a disputa por terras entre indígenas e proprietários rurais. Segundo ele, a Igreja terá que ajudar a resolver esse tipo de questão. “Já ouvi que teremos que encarar conflitos de terra, ainda não sei como, mas vamos tentar”, diz.
O arcebispo que já visitou Capital várias vezes em encontros da CNBB (Confederação dos Bispos do Brasil) diz não conhecer bem a realidade da pastoral, mas que estará de “ouvidos abertos para aprender sobre os rumos que terá que tomar”.
Não é apenas em Campo Grande que Dom Dimas pretende trabalhar, Dourados também fará parte da missão. “Em Dourados acontece como no Oeste Catarinense, é um conflito de pobre contra pobre. É o pequeno fazendeiro que comprou a terra honestamente de um estado que agiu ilegalmente e aqueles que eram donos das terras antes delas serem vendidas”, afirma.
Para o religioso, problemas como esse, deveriam ser resolvidos dentro da lei e o Estado deveria arcar com a responsabilidade. “Falar de justiça é mexer num espinheiro. Eu não tenho uma solução formada, mas o estado deveria assumir a responsabilidade quanto à questão”, diz.
Quanto às especulações sobre a possível indicação a presidência da CNBB, Dom Dimas explica que isso não seria possível porque ele é bispo auxiliar. Apenas os bispos titulares podem assumir a presidência e a vice-presidência da Confederação.
Segundo a assessoria da CNBB, hoje são 456 bispos e todos podem ser cotados para os cargos.
O novo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, deve chegar em julho.
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