O ministro José Gomes Temporão (Saúde) criticou nesta quinta-feira os recursos destinados para o Ministério da Saúde previstos no Orçamento da União, sancionado na terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, os R$ 66,9 bilhões previstos para este ano não atendem às demandas da Pasta. Em 2009, o orçamento foi de R$ 59,5 bilhões.
"O ministro da saúde é sempre o ministro que reclama da falta de dinheiro. As demandas são gigantescas, e a realidade de atender a essas demandas muitas vezes são limitadas. O Orçamento sancionado pelo presidente, evidentemente, não atende às demandas do ministério, e eu quero chamar a atenção para isso", afirmou durante o programa de rádio "Bom dia Ministro".
Temporão explicou que o orçamento do ministério é corrigido pela inflação e pelo crescimento econômico, a correção nominal do PIB (Produto Interno Bruto). Porém, segundo o ministro, como a previsão é de um "crescimento zero" ou "ligeiramente negativo" em 2009, o valor do orçamento teve uma alteração pequena.
Para reverter essa situação, Temporão disse que já está conversando com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e com o presidente Lula "para que nós possamos ter recursos suficiente manter todos os programas do ministério".
"O ministro da saúde é um ministro chorão. Tem que chorar o tempo todo atrás de dinheiro. Mas é claro que eu gostaria que o orçamento fosse maior", afirmou.
Em relação à gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), Temporão ressaltou que o ministério usou um crédito extraordinário do ano passado de R$ 2,1 bilhões para comprar vacinas, medicamentos e equipamentos.
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