Após anunciar um aumento de 22% no número de transplantes realizados no país entre janeiro e agosto deste ano, Costa admitiu que a crise foi positiva, pois possibilitou a aplicação de uma política nacional para a área. "É importante que nas crises a gente possa ter um saldo. Foi uma crise dura, foi difícil, mas propiciou que tivéssemos, de fato, um controle e pudéssemos aplicar uma política para a área de medula óssea", afirmou o ministro, no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no centro do Rio.
Costa atribuiu o crescimento do número de transplantes aos investimentos e mudanças realizadas pelo ministério. O Inca, por exemplo, concentrava quase todos os passos até o procedimento, por meio do Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo). Agora, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é o responsável pela regulação e também pela lista de espera.
Aumento - Entre janeiro e agosto deste ano, foram realizados no Brasil 770 transplantes de medula óssea, 143 a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Considerando apenas os procedimentos executados entre não-aparentados, o ministério estima conseguir um aumento de 50% em relação ao ano passado, quando foram realizadas 29 operações. Atualmente, existe no País 916 pessoas com indicação de transplante, sendo que 803 delas buscam doadores compatíveis.
Segundo o ministro, o mais importante hoje, para o ministério, é ampliar o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que hoje conta com 83 mil inscritos. "É muito mais fácil encontrarmos um doador compatível no Brasil, onde as características étnicas e genéticas são assemelhadas, do que em outro país", destacou Costa, chamando atenção também para a questão econômica. Um transplante com doador identificado em banco internacional custa cerca de US$ 31 mil, contra os US$ 13 gastos quando o doador é do Redome.
Estadão
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