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Brasil

PT defende candidato para 2010, mas admite negociar com coalizão

3 Set 2007 - 10h00
Enquadrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ensaiou um recuo tático, amenizou seu discurso sobre a candidatura própria em 2010 e fez um gesto na direção dos aliados. Depois de três dias de debates e muitas negociações entre suas correntes, o 3º Congresso do partido aprovou ontem resolução política ambígua, que defende um concorrente petista à sucessão de Lula, mas, ao mesmo tempo, abre caminho para a construção de candidatura dentro da coalizão governista.

O primeiro texto, aprovado por unanimidade no encontro, diz que o PT deve se colocar como "dirigente da condução do processo sucessório presidencial" . Destaca, ainda, que é necessário preservar a coalizão, mas " sem esquecer a defesa intransigente" dos interesses do partido. Uma hora depois, porém, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), pôs em votação um "adendo" à resolução, desidratando o baixo teor de confronto ali contido.

A pedido do Palácio do Planalto e na tentativa de evitar um racha na aliança, os petistas encaixaram novo trecho sobre tática eleitoral, que já mencionava a necessidade de formular um programa para o próximo mandato. Apesar de manter o enunciado sobre a candidatura própria tanto nas eleições municipais de 2008 como na disputa presidencial, em 2010, o PT afirma agora que a decisão será submetida aos parceiros da coalizão, como Lula queria.

"O PT apresentará uma candidatura a presidente a ser construída com outros partidos e, assim, formar uma aliança programática, partidária e social capaz de ser vitoriosa nas eleições de 2010 e impedir o retorno do neoliberalismo", diz o documento, que recebeu sinal verde do 3º Congresso.

Lula havia pedido ao PT para não incluir a defesa da candidatura própria na resolução por avaliar que isso poderia desgastar ainda mais a relação com os aliados. Motivo: há, na base de apoio ao governo, outros postulantes à sua cadeira, como o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Filiado ao PMDB, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, também pode entrar no páreo.

"Olhou para a frente, tem de ver a cara do Ciro, tem de ver a cara do Jobim e de outras figuras de outros partidos, que ainda vão surgir", disse o presidente ao Estado. "Eu quero subir em palanque, mas se houver na base dois, três, quatro ou cinco candidatos, o presidente fica em situação delicada."

A solução meio-termo adotada pelo PT foi fruto de consenso entre as várias alas e agradou a Lula. "Deixamos o diálogo com os outros partidos aberto para avaliar o cenário até 2009 e construir a vitória em 2010", disse Berzoini. "Se partirmos do pressuposto de que o candidato obrigatoriamente é do PT, vamos dar uma mensagem que não é boa para quem quer construir aliança", completou.

Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, a posição tomada pelo PT foi madura. "Foi uma boa resolução porque diz que o PT deve fortalecer a coalizão de governo, mas reconhece que o partido tem direito de pleitear sua liderança, assim como o PSB e o PMDB", afirmou Dulci.

O Planalto também pediu cautela à cúpula do PT para não antecipar a sucessão de Lula. Detalhe: o partido não tem candidato natural. Os principais nomes preparados para a missão - como o do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e o do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci - foram abatidos por escândalos.

DESOBEDIÊNCIA

Apesar de ter cedido ao desejo do Planalto em relação à candidatura própria, o PT também deu estocadas em Lula. Emprestou apoio, por exemplo, ao plebiscito que discutirá a reestatização da Vale do Rio Doce, quando o presidente não queria que o partido se envolvesse nessa campanha. Do ponto de vista prático, a consulta não terá efeito. Trata-se, no entanto, de importante sinal político.

Além disso, o PT também aprovou, a contragosto de Lula, resolução pedindo a descriminalização do aborto. Embora o estoque de divergências entre Lula e o PT esteja abarrotado, um outro assunto que passou pelo crivo do 3º Congresso deixou o presidente animado: o apoio à proposta de Constituinte exclusiva para votar a reforma política. No ano passado, Lula reuniu juristas no Planalto para debater a idéia. Recebeu críticas, mas ficou convencido de que essa era a única forma de fazer a reforma política andar.

 

 

Estadão


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