Os bombeiros acompanharam o bombeamento de óleo dos tanques do navio durante toda a noite e madrugada. Ainda há metanol na parte submersa do navio. Ontem, peixes e um golfinho foram encontrados mortos. Uma análise identificará a causa das mortes: se eles foram intoxicados por substâncias que vazaram no mar ou se devido às explosões.
Os desaparecidos são o superintendente da Humboldt, Juan Carlos Sepulveda, o oficial eletricista Jose Eduardo Obreque, o marinheiro Ronald Peña. Os três são de origem chilena. Além deles, o argentino Alfredo Omar Vidal também está sumido.
Controle de vazamento
Após vinte horas de trabalho, o Corpo de Bombeiros conseguiu controlar os focos de fogo que ainda existiam no navio. Hoje, todo o trabalho será voltado para a limpeza da baía de Paranaguá, contaminada por metanol e óleo numa extensão de 18 quilômetros.
Técnicos da Petrobras, da Capitania dos Portos, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Ibama trabalham no local instalando barreiras de contenção do vazamento e no reparo dos danos.
São 350 pessoas envolvidas na operação de limpeza. A expectativa é de que os trabalhos durem cerca de três meses. Ainda não há previsão para a retirada do mar do que sobrou do navio, um amontoado de ferros retorcidos. Já chegaram a Paranaguá dois peritos ingleses especializados neste tipo de acidente, que vão auxiliar técnicos brasileiros na retirada do navio sem causar mais prejuízos ao meio ambiente.
Estão proibidas as atividades de pesca em toda a baía. Segundo o secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, o acidente "ainda está em curso" já que o vazamento ainda não foi totalmente retido. Ainda há óleo dentro do navio , que vem sendo retirado por meio de respiros que bombeiam a carga diretamente para caminhões-tanques.
Segundo o secretário, não dá ainda para dimensionar o tamanho do estrago, mas três baías já foram atingidas: a própria Paranaguá, Guaraqueçaba e Antonina, além de algumas áreas como o oeste da Ilha do Mel e Ilha das Cobras.
Terra Redação
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