O vereador Paulo Henrique Bambu (PSC) denunciou na terça-feira, durante sessão na Câmara de Vereadores, que está sendo vítima de ameaças por telefone. Ontem, ele confirmou ao Diário MS que recebeu um telefonema na terça-feira, de um empresário da cidade, que ameaçou atentar diretamente contra os vereadores que votarem contra o projeto que proíbe a queima da cana-de-açúcar em Dourados. O projeto é de autoria do vereador Elias Ishy (PT) e deverá ser votado na sessão da próxima semana.
“A pessoa do outro lado da linha disse que, se o projeto fosse reprovado, iria subir na plenária e bater em todos os vereadores. Ele também disse que iria botar fogo na minha casa e que eu e minha família seríamos obrigados a sair da cidade”, contou o vereador.
Paulo Henrique Bambu preferiu não dizer o nome de quem fez as ameaças, segundo ele, “para não promover o empresário”. Entretanto, o empresário Romem Barleta confirmou à reportagem ter sido o autor da ligação.
Bambu disse, ainda, que não pretende registrar boletim de ocorrência, mas que vai solicitar ao presidente da Casa, Carlinhos Cantor (PR) que convoque policiamento para o dia da votação, próxima terça-feira. “Vamos deixar a polícia em alerta. Eu preciso dar a oportunidade desta pessoa vir à Câmara, mas todos devem ter respeito pela Casa”, disse ele, ao afirmar que outros vereadores também receberam a ameaça por telefone.
Bambu afirma que as ameaças são um “desrespeito à democracia” e intimidam a Câmara de Vereadores como um todo. “Fomos eleitos dentro de um sistema democrático. Não há como 12 vereadores pensarem igual porque cada um possui sua ideologia e seu pensamento político”, defendeu.
Ontem, o presidente da Casa, Carlinhos Cantor, disse que não tem conhecimento se outros vereadores também receberam a denúncia. Ele disse, ainda, que a Casa não deverá tomar nenhuma providência legal, já que a ameaça é individual. “Não existe nenhuma ameaça contra a instituição, mas sim uma questão individual de cada vereador”, disse ele.
Cantor também defendeu a abertura de debates e orientou que nenhum vereador vote sob pressão. “Cada vereador deve votar de acordo com sua consciência, e não sob coação. Não adianta radicalizar; é preciso flexibilizar os debates”, acrescenta.
O vereador Eduardo Marcondes (PMDB), que se manifesta totalmente favorável à implantação de usinas em Dourados, disse que não recebeu nenhuma ameaça por telefone. “Recebi sim, várias ligações, mas todas tentando me convencer a mudar de postura e votar a favor do projeto. Mas o meu pensamento continua o mesmo”, garantiu.
AMEAÇAS
Ontem, o empresário Romem Barleta assumiu estar “falando diretamente” com os vereadores sobre o assunto. Barleta coordena uma campanha ‘agressiva e violenta’ contra a queima da cana-de-açúcar no município. Recentemente, o empresário já havia dito ao Diário MS que a campanha iria perseguir todos os vereadores que votassem contra o projeto.
Ontem, ele voltou a dizer que a campanha tem uma posição bastante definida – e radical – com relação à postura dos vereadores sobre o projeto. “Falei abertamente com o Bambu como falei com todos os outros vereadores. Continuamos na luta para que o projeto seja aprovado”, disse ele. “Quem se sentir ameaçado deve procurar os meios legais para se defender”, alfinetou.
Mais tarde, ele procurou a redação e amenizou o discurso. Barletta disse se tratar apenas de um “jogo de palavras”. “Não existe ameaça real. Este é um movimento ambiental e de cidadania”, acrescentou.
Barleta afirmou que a campanha vai partir para o embate e o enfrentamento em prol da defesa do meio ambiente. No dia da votação, ele pretende entregar à Casa um abaixo-assinado com milhares de assinaturas contra a queima da cana.
O coordenador de Formação Política e Movimentos Sociais do DCE (Diretório Central de Estudantes) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) – uma das entidades que apóiam o movimento –, Alceu Junior Bittencourt, disse ontem que ninguém do diretório falou diretamente com os vereadores, mas lembrou que o embate continua. “Já deixamos claro que vamos repudiar publicamente cada vereador traidor da opinião pública. Talvez eles encarem isso como uma ameaça”, avaliou.
“A pessoa do outro lado da linha disse que, se o projeto fosse reprovado, iria subir na plenária e bater em todos os vereadores. Ele também disse que iria botar fogo na minha casa e que eu e minha família seríamos obrigados a sair da cidade”, contou o vereador.
Paulo Henrique Bambu preferiu não dizer o nome de quem fez as ameaças, segundo ele, “para não promover o empresário”. Entretanto, o empresário Romem Barleta confirmou à reportagem ter sido o autor da ligação.
Bambu disse, ainda, que não pretende registrar boletim de ocorrência, mas que vai solicitar ao presidente da Casa, Carlinhos Cantor (PR) que convoque policiamento para o dia da votação, próxima terça-feira. “Vamos deixar a polícia em alerta. Eu preciso dar a oportunidade desta pessoa vir à Câmara, mas todos devem ter respeito pela Casa”, disse ele, ao afirmar que outros vereadores também receberam a ameaça por telefone.
Bambu afirma que as ameaças são um “desrespeito à democracia” e intimidam a Câmara de Vereadores como um todo. “Fomos eleitos dentro de um sistema democrático. Não há como 12 vereadores pensarem igual porque cada um possui sua ideologia e seu pensamento político”, defendeu.
Ontem, o presidente da Casa, Carlinhos Cantor, disse que não tem conhecimento se outros vereadores também receberam a denúncia. Ele disse, ainda, que a Casa não deverá tomar nenhuma providência legal, já que a ameaça é individual. “Não existe nenhuma ameaça contra a instituição, mas sim uma questão individual de cada vereador”, disse ele.
Cantor também defendeu a abertura de debates e orientou que nenhum vereador vote sob pressão. “Cada vereador deve votar de acordo com sua consciência, e não sob coação. Não adianta radicalizar; é preciso flexibilizar os debates”, acrescenta.
O vereador Eduardo Marcondes (PMDB), que se manifesta totalmente favorável à implantação de usinas em Dourados, disse que não recebeu nenhuma ameaça por telefone. “Recebi sim, várias ligações, mas todas tentando me convencer a mudar de postura e votar a favor do projeto. Mas o meu pensamento continua o mesmo”, garantiu.
AMEAÇAS
Ontem, o empresário Romem Barleta assumiu estar “falando diretamente” com os vereadores sobre o assunto. Barleta coordena uma campanha ‘agressiva e violenta’ contra a queima da cana-de-açúcar no município. Recentemente, o empresário já havia dito ao Diário MS que a campanha iria perseguir todos os vereadores que votassem contra o projeto.
Ontem, ele voltou a dizer que a campanha tem uma posição bastante definida – e radical – com relação à postura dos vereadores sobre o projeto. “Falei abertamente com o Bambu como falei com todos os outros vereadores. Continuamos na luta para que o projeto seja aprovado”, disse ele. “Quem se sentir ameaçado deve procurar os meios legais para se defender”, alfinetou.
Mais tarde, ele procurou a redação e amenizou o discurso. Barletta disse se tratar apenas de um “jogo de palavras”. “Não existe ameaça real. Este é um movimento ambiental e de cidadania”, acrescentou.
Barleta afirmou que a campanha vai partir para o embate e o enfrentamento em prol da defesa do meio ambiente. No dia da votação, ele pretende entregar à Casa um abaixo-assinado com milhares de assinaturas contra a queima da cana.
O coordenador de Formação Política e Movimentos Sociais do DCE (Diretório Central de Estudantes) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) – uma das entidades que apóiam o movimento –, Alceu Junior Bittencourt, disse ontem que ninguém do diretório falou diretamente com os vereadores, mas lembrou que o embate continua. “Já deixamos claro que vamos repudiar publicamente cada vereador traidor da opinião pública. Talvez eles encarem isso como uma ameaça”, avaliou.
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