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Brasil

Wagner Cordeiro escreve sobre a história das eleições a Governo de MS

18 Set 2010 - 11h10Por Wagner Cordeiro Chagas

HISTÓRIA POLÍTICA DE MATO GROSSO DO SUL: AS ELEIÇÕES AO GOVERNO DO ESTADO

 

 

Wagner Cordeiro Chagas

 

Considerado um momento de festa da democracia, as eleições de um país podem ser definidas como um dos eventos mais importantes da sociedade moderna. Em Mato Grosso do Sul não será diferente. Pela oitava vez, a população terá o direito de escolher via voto popular, além de outros representantes políticos, o novo governador.

 

Criado por meio da Lei Complementar nº 31 de 11 de outubro de 1977, através do desmembramento do território do Estado de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul experimentou nos seus primeiros anos de instalação, uma fase de instabilidade política.

 

Com base nos estudos da historiadora Marisa Bittar, apresentamos aqui um histórico a respeito das eleições para governador. Entre 1979 e 1983, em virtude do período marcado pela ditadura militar no Brasil, os governadores sul-mato-grossenses foram todos nomeados pelo governo federal. Entre os que administraram o estado nesses anos estão: Harry Amorim Costa (ARENA), Londres Machado (ARENA/PDS) - governador interino por algumas semanas - Marcelo Miranda Soares (PDS) e Pedro Pedrossian (PDS).

 

Com o retorno das eleições diretas para governador nos estados brasileiros em 1982, Mato Grosso do Sul seguiu o exemplo de outras Unidades da Federação ao eleger um governador oposicionista ao regime de exceção, o ex-prefeito de Campo Grande e ex-deputado federal Wilson Barbosa Martins (PMDB). Em disputa com José Elias Moreira (PDS), Wilson Fadul (PDT) e Antônio Carlos de Oliveira (PT), Wilson se consagrou como o primeiro governador eleito de forma democrática. Além da eleição para o executivo estadual, este pleito possuiu um diferencial em relação aos posteriores. Foi ao mesmo tempo uma eleição estadual e municipal. Por meio dela, a população também escolheu vereadores, prefeitos, senador, deputados estaduais e federais.

 

Em 1986, na segunda disputa para o governo estadual, os concorrentes foram: Marcelo Miranda Soares (PMDB), Lúdio Coelho (PTB) e Luiz Landes (PT). Marcelo venceu e novamente assumiu a chefia do executivo estadual, dessa vez pela via do sufrágio universal.

 

As eleições de 1990 trouxeram de volta ao governo a figura de Pedro Pedrossian (PTB), político que já havia administrado Mato Grosso uno entre 1961 e 1970 e Mato Grosso do Sul de 1980 a 1983. Naquele pleito concorreram ainda, Gandi Jamil (PDT) e Manoel Bronze (PT).

 

Em 1994, na primeira eleição em que os sul-mato-grossenses votaram simultaneamente para governador e presidente da República, os eleitores optaram por conceder o segundo mandato a Wilson Martins (PMDB). Este venceu os candidatos Levy Dias (PPR), Pedro Teruel (PT) e Rita de Cássia (PRONA).

 

Já em 1998, a conjuntura política daquele início de ano indicava a volta de Pedro Pedrossian ao comando do governo estadual. Contudo, aquela eleição trouxe um novo aspecto à política do estado. Realizado o primeiro turno, no dia 5 de outubro, destacaram-se os candidatos Ricardo Bacha (PSDB), em primeiro lugar, e José Orcírio Miranda dos Santos - Zeca do PT - na segunda colocação. Pedrossian, tido como o favorito, posicionou-se em terceiro lugar e Heitor de Oliveira (PRONA) em quarto.

 

No segundo turno veio a surpresa: a virada e a vitória do então deputado estadual Zeca para governador. Tal fato levou ao rompimento de um ciclo, pois a administração estadual, que desde a instalação do Estado em 1979, era revezado entre dois grupos políticos tradicionais, oriundos do setor agropecuário, passou a ser comandada por um ex-bancário e líder sindical, ligado a grupos de centro-esquerda.

 

Nas eleições de 2002, José Orcírio consagrou-se reeleito para o segundo mandato. Assim como em 1998, em 2002, o governador se elegeu em segundo turno ao derrotar a candidata Marisa Serrano (PSDB). Além de Marisa, outros atores pleitearam o cargo naquela ocasião: Moacir Kohl (PDT), Claudio Freire (PSB), Carlos Marun (PTB) e Armando Anache (PGT).

 

Em 2006, novas eleições foram realizadas. Nesta concorreram: André Puccinelli (PMDB), Delcídio do Amaral (PT), Carlito Dutra (PSOL), Elizeu Amarilha (PSDC) e Tito Lívio (PV). Já no primeiro turno, Puccinelli, apoiado por uma ampla coligação partidária, elegeu-se chefe do poder executivo.

 

Este ano, os cidadãos sul-mato-grossenses têm novamente o direito de escolher aquele que considerarem ser o portador da melhor proposta de gestão para o estado. Concorrem ao cargo: o atual governador André (PMDB), o ex-governador Zeca (PT) e o comerciante Nei Braga (PSOL).

 

É chegada a hora de exercer mais uma vez esse importantíssimo direito conquistado com vários embates e, sem exageros, com muito sangue derramado por homens e mulheres que foram à luta pela redemocratização do país. Que o povo saiba aproveitar este momento histórico e honrar mais um compromisso com o futuro de Mato Grosso do Sul.

 

 

 


Professor de História em Fátima do Sul, licenciado pela UFGD, pós-graduado (Especialização) em Educação pela FAED/UFGD e fatimassulense da gema. E-mail: wc-chagas@hotmail.com

 

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