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Fiat Palio Fire, carro mais barato feito no Brasil, mostra o peso da idade

24 Mar 2014 - 13h24

Em 1996, o Fiat Palio chegou com a proposta inovadora de ser um carro global, destinado a mercados emergentes, e praticamente tomou conta das ruas brasileiras. Dezoito anos depois, o Palio de quinta geração continua ocupando importante fatia do mercado de carros compactos; hoje detém terceira colocação entre os modelos mais vendidos no país.

Evidentemente, o Palio ocupa posição privilegiada no mercado também devido ao reforço nas vendas da atual geração proporcionado pela configuração Fire (na verdade, a antepenúltima geração). Até o final do ano passado, era esse também o caso do líder Volkswagen Gol: o G4 somava-se ao G5, sendo que o mais antigo saiu de linha devido à obrigatoriedade de airbags e ABS.

Murilo Góes/UOL
Você conhece esse carro: Palio Fire é uma "atualização" da terceira geração do hatch

Mas a Fiat apostou no Palio Fire 1.0 como substituto do Mille. Dotou-o dos equipamentos pedidos pela lei e fez dele o carro mais barato entre os fabricados no Brasil. Para conhecê-lo melhor, UOL Carros percorreu cerca de 1.300 quilômetros a bordo de um exemplar do hatch, em trechos urbanos e em rodovias -- e chegou à conclusão de que o termo "pé de boi" se encaixa perfeitamente a esse Palio. Pena que não estamos mais nos tempos das diligências...

Quem olha o Palio Fire 1.0 ano-modelo 2014 tem a impressão de estar revendo um velho conhecido. De fato, está. Ao menos quanto ao desenho externo, trata-se do mesmo carro lançado há dez anos, considerado por muitos como o mais belo Palio já feito, e que estamos mais que acostumados a ver nas ruas -- a terceira geração foi mantida em produção no Brasil desde então. As poucas diferenças estão na nova grade frontal cromada acima do parachoque (este, na cor do veículo) e no acabamento dos faróis biparábolas.

Murilo Góes/UOL
Palio Fire 2014 tem pequenas diferenças, como grade frontal mais vistosa

A sensação de déjà-vu se mantém ao entrar no carro. O novo painel apresenta como novidade apenas as cores e as (discutíveis) saídas de ar circulares (as antigas, retangulares, eram mais bonitas). O quadro de instrumentos foi emprestado do Uno, com relógio e indicador digital de combustível, temperatura e hodômetro (total e parcial) e, separadamente, um ponteiro com a função de econômetro. O volante é semelhante ao da picape Strada, mas não possui regulagem de altura ou profundidade.

Os bancos ganharam novo tecido, e os painéis das portas agora são integrais e totalmente em plástico rígido. O formato das maçanetas e puxadores é idêntico aos do modelo antigo. De série, ainda constam retrovisores com comando manual interno, luz de leitura apenas dianteira, vidros climatizados verdes, Drive By Wire (controle eletrônico de aceleração) e, claro, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e airbags dianteiros (que lhe valeram três estrelas em proteção para adultos e duas para crianças nos testes de colisão do Latin NCAP).

Com esta configuração básica, o Palio Fire 1.0 parte de R$ 24.490 com duas portas (é assim que ele se garante como o mais barato); e R$ 26.520 com quatro.

ACRÉSCIMOS
A unidade cedida pela Fiat (de quatro portas), no entanto, possuía extensa lista de opcionais, que anula qualquer chance de ser uma pechincha. Vamos a ela: pintura metálica Azul Trinidad (R$ 857); direção hidráulica (R$ 1.126); ar-condicionado (R$ 2.406); rádio USB MP3/WMA com RDS (R$ 184); kit Stile, com faróis de neblina e rodas de liga leve aro 14 (R$ 1.443); e kit Celebration, com adesivo, dois apoios de cabeça no banco traseiro, cintos de segurança laterais traseiros retráteis de três pontos, desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro, minissaias laterais e retrovisores na cor do veículo, travas elétricas das portas, vidros elétricos apenas dianteiros, e predisposição para rádio, com quatro alto-falantes -- dois na frente e dois atrás --, antena e bolsa porta-objetos nas portas dianteiras (R$ 1.638). Valor dos opcionais: R$ 7.654. Preço total do Palio com eles: R$ 34.174 (valores divulgados no site de compras da Fiat).

Os desavisados podem imaginar que, com tantos opcionais, o Palio Fire 1.0 se equivale aos demais carros na faixa dos R$ 35 mil. Mas infelizmente, a realidade é outra. No uso cotidiano, e até mesmo ao notar os incontáveis Palios de várias idades que circulam pelas ruas, não dá para esquecer que se trata de um veículo antigo travestido de novo.

Murilo Góes/UOL
Traseira do Palio Fire é uma das mais harmoniosas da história do modelo

O bom, mas velho motor Fire 1.0 Flex de 8 válvulas até que dá conta do recado. Ele oferece 73 cv com gasolina e 75 cv com etanol a 6.250 rpm; e torque máximo de 9,5/9,9 kgfm (gasolina/etanol) a 4.500 rpm. O carro conquistou classificação A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, colocando-o entre os de menor consumo de combustível do mercado -- na cidade, consumo médio de 8,8 km/l com etanol e 12,3 km/l com gasolina; na estrada, 10,3 km/l e 15 km/l respectivamente. Na prática, porém, os números podem ser outros.

Na estrada, por exemplo, depois de embalado o Palio Fire até mantém velocidade de cruzeiro, mas basta uma subida um pouco mais íngreme e a redução para quarta, ou até mesmo terceira marcha, quando carregado, é exigida. E isso sem que o ar-condicionado esteja ligado. Na cidade, ambiente em tese ideal para o modelo, não é muito diferente: as trocas de marcha são constantes e o motor quase sempre está com o giro muito alto, derrubando qualquer tentativa de economia de combustível (o econômetro ajuda, mas nem sempre é possível conferi-lo).

Embora não haja computador de bordo, foi possível aferir consumo médio, sempre com etanol, de cerca de 6,5 km/l na cidade e 9 km/l na estrada.



SAPATO VELHO
Outro problema é a posição de dirigir. Ela não é nada confortável, muito prejudicada pela ausência de regulagens de altura do volante e do banco do motorista. Em longos trechos de estrada, ou no tráfego lento e pesado das cidades, a condução fica bastante cansativa. Dignos de elogios são os novos freios com ABS, muito eficientes em frenagens de emergência, e o porta-malas, com 290 litros de capacidade -- mas que parece ter mais.

Enfim, talvez o "novo" e "barato" (quando pelado) Palio Fire 1.0 não seja a melhor escolha para o cliente comum, mas certamente será muito procurado por frotistas, devido ao preço da versão básica com duas portas. Mas, como diz o ditado, há sempre um sapato velho para um pé cansado.

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