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Notas do Ideb 2013 no ensino médio caem em 16 redes estaduais, e MS é 8º colocado

5 Set 2014 - 14h22Por O Globo

As notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) caíram no ensino médio de 16 redes públicas estaduais de 2011 para 2013, de acordo com dados que serão divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta sexta-feira. Entre as nove unidades federativas que apresentaram crescimento, Goiás pulou do quinto lugar em 2011, com Ideb de 3,6, para o topo do ranking, em 2013, com 3,8. O Rio de Janeiro saltou da 15ª posição (com 3,2) para a quarta (com 3,6), empatado com Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco. São Paulo se manteve na segunda posição, apesar da queda na nota, de 3,9 para 3,7. O Rio Grande do Sul pulou de 10º (com 3,4) para o terceiro, 3,7.

Com nota 3,6, as escolas estaduais do Rio superaram a meta estabelecida pelo MEC, que era de 3,3 para 2013. O estado já havia apresentado avanço na última edição do levantamento, quando deixou para trás a penúltima colocação, registrada em 2009. Na região Sudeste, esta foi a segunda melhor nota, ficando atrás apenas de São Paulo. No Brasil, foi o segundo maior crescimento na nota (12,5%), ficando apenas atrás de Pernambuco (16,1%).

As notas dos dois primeiros colocados diminuíram no último biênio. Em 2011, Santa Catarina estava no topo com 4,0; este ano, Goiás assumiu a posição, com 3,8. Já a nota do segundo lugar caiu de 3,9 para 3,7 no período, ambas obtidas por São Paulo. Dois estados mantiveram as médias e as posições: Acre, com 3,3, na 13ª, e Alagoas, com 2,6, na última.

Uma das principais referências para políticas educacionais na educação básica, o Ideb é divulgado a cada dois anos. O indicador mede a qualidade do aprendizado e da infraestrutura das cerca de 190 mil unidades escolares de ensino fundamental e médio em todo Brasil.

O GLOBO revelou na quarta-feira que os dados haviam sido repassados para a Casa Civil há mais de duas semanas. O resultado será apresentado nesta sexta, às 14h30, pelo ministro da Educação, Henrique Paim, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Chico Soares.

RIO E GOIÁS CRESCEM

O Secretário Estadual de Educação do Rio de Janeiro, Wilson Risolia Rodrigues, comemorou o resultado e disse que a meta agora é melhorar ainda mais os resultados.

- Estamos muito felizes. Isso é resultado de muito trabalho, de uma gestão de fato. Sabemos que temos que melhorar mais ainda. Tudo o que foi feito, foi pensando em 2023. O objetivo agora é obter a melhor nota no próximo Ideb - explicou o secretário, que assumiu a pasta no fim de 2010.

Para ele, a esta evolução se deu por um conjunto de ações, desde fazer um diagnóstico concreto sobre a educação no estado até conseguir colocar em prática um plano de ações:

- Antes, os alunos do ensino médio eram avaliados só uma vez ao ano e, mesmo assim, existia boicote. Agora eles são avaliados a cada bimestre e temos equipes que analisam estes resultados e dão reforço aos alunos naquilo que eles precisam. Ou seja, eles ganham um acompanhamento paralelo. Além disso, investimos na capacitação dos profissionais de educação. Uma das taxas que mais comemoramos foi a redução de 16,5% que foi divulgado pelo Ideb como taxa de abandono escolar em 2007 e chegar agora a 7,3%.

O pró-reitor da Fundação Getúlio Vargas, Antônio Freitas, que também é membro da Academia Brasileira de Educação, avalia que o bom resultado registrado na rede estadual do Rio vem a cargo da aplicação de uma gestão mais moderna da educação, pautada na meritocracia.

- À medida que o governo resolveu investir na formação dos professores, cobrar mais dos colégios e premiar os melhores profissionais, as escolas passaram a funcionar mais próximas da ótica que valoriza a meritocracia. Na maioria dos estados, ainda não há um investimento como este sobre os professores - pontua.

Freitas ressalta, entretanto, que o Ideb deve ser avaliado como um indicador que não aponta melhorias significativas na educação, quando o prisma é o que vem sendo feito em países considerados referência.

- Melhoramos de uma forma vegetativa, mas não competitiva, em relação a países como Rússia e China, considerados pertencentes a um mesmo grupo que o Brasil. Partimos de um nível muito baixo nos últimos anos. Por isso, os números do Ideb podem ser altos, mas ainda são irrelevantes se comparados com parâmetros internacionais - diz. - Lamentavelmente, a educação brasileira ainda é elitizada, mesmo na rede pública. Uma escola da baixada ainda não oferece o mesmo ensino que uma unidade da Zona Sul.

Ao comentar a primeira colocação do estado de Goiás no índice, a professora de políticas educacionais Maria Cristina Dutra Mesquita, da PUC-Goiás, defendeu que os dados devem ser vistos com cautela. Na opinião dela, o levantamento ainda responde a uma política muito mais "rankeadora" do que algo destinado a eliminar as desigualdades.

- A forma como o Ideb é calculado não considera única e exclusivamente a avaliação do aluno. Se fosse assim, com certeza os números seriam diferentes, pois ainda existe uma tendência em mascarar esses resultados, através da seleção de estudantes que farão as provas, por exemplo - diz.

Maria Cristina comenta que, de fato, questões como índice de abandono e tempo de permanência nas escolas melhoraram, puxando para cima os resultados do Ideb.

- Mas ainda falta muito no que diz respeito a um projeto pedagógico que valorize os professores e incentive a formação continuada. Além disso, é preciso começar a adotar políticas públicas pensadas da classe para fora, com a participação de todos os envolvidos na educação - conclui.

 

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