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aliviada, esperançosa e vitoriosa

Cissa Guimarães se emociona com prisão dos responsáveis pela morte do filho

Ela conta como encara a prisão do assassino de seu filho Rafael

28 Jan 2015 - 07h35Por CARAS

Mesmo convivendo para sempre com o que define “a maior dor do mundo”, a de perder em 2010 um filho, Rafael Mascarenhas, atropelado aos 18 anos, Cissa Guimarães (57) se diz aliviada, esperançosa e vitoriosa como cidadã. Na sexta-feira, dia 23, a Justiça do Rio condenou a sete anos de prisão, em regime fechado, Rafael de Souza Bussamra (29), o motorista que matou o caçula da atriz quando ele andava de skate no Túnel Acústico, na Gávea, Rio.

O pai do rapaz, Roberto Bussamra, levou pena de oito anos, em regime fechado, por corrupção ativa. Ele foi flagrado tentando subornar policiais para ocultar provas e modificar a cena do crime. “O sentimento é de alívio, uma paz que dá depois de tanta luta e injustiça que eu e minha família vivemos. Demorou, mas veio. Meu coração hoje não é só de mãe, mas é de ‘mães’ que passaram pelo que passei”, ressalta ela.

Na capela da Ilha de CARAS, ainda bastante emocionada, a atriz e apresentadora fortifica sua inabalável fé. Mãe também do artista plástico Thomaz Velho (35) e do ator João Velho (30), ambos da união com o ator Paulo César Pereio (74), ela atenta para que o caso sirva de alerta a todos os motoristas. “Mais cuidado, pelo amor de Deus! Rafael veio mostrar essa luz. É claro que para mim e minha família é um dia especial, apesar de ser uma dor que não vai nunca embora”, comenta sobre o desaparecimento do filho, da relação com o músico Raul Mascarenhas (61).

A decisão do judiciário chega em um momento transformador também na vida profissional de Cissa. Além da elogiada participação no comando do Mais Você, ao lado de André Marques (35), durante as férias de Ana Maria Braga (65), ela estará de volta este ano ao Video Show. No programa em que trabalhou durante 15 anos, de 1986 a 2001, ganhou o famoso bordão do então colega Miguel Falabella (58): “A garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”.

Como ficou o coração após a notícia da prisão?
Alividado, esperançoso com uma nova era em que a impunidade não reine mais. Meu coração hoje bate como o de todas as mães que passaram por isso. É tão difícil falar... Claro, sinto alívio, é uma luz para a sociedade. Como cidadã, me sinto vitoriosa, no sentido de ter dado um passo a mais dentro da Justiça brasileira para acabar com a impunidade de crimes hediondos que a gente vê a toda a hora.

E você parece não ter desistido em nenhum momento nesses quatro anos e meio...
Foi uma luta grande. Agradeço muito ao meu advogado, doutor Técio Lins e Silva,  ele não descansou um minuto, nem ele, nem eu. Agradeço aos meus filhos Thomaz e João, que me apoiaram o tempo todo, à minha família... O que puder, posso e poderei fazer, estarei presente. Quero que isso um dia deixe de ser uma luta e cada vez menos casos assim aconteçam. E que a justiça seja feita cada vez mais de maneira natural. Que não se precise lutar. Talvez seja a hora de rever todo esse sistema, as leis de acidentes de trânsito. Para uma pessoa que mata a outra no trânsito, que comete um homicídio, a pena máxima é de quatro anos. E nunca ninguém vai para a prisão. Tanto que a sentença de corrupção do pai foi maior.

Você diz que a sentença vale como reflexão também em relação à atitude desse pai e desse filho... Há perdão?
Não existe educação quando um pai acoberta o crime de um filho. Isso não é amor, você não pode ter um descaso por uma vida humana. Não posso acreditar que um amor de pai tenha como consequência transformar seu filho em uma pessoa covarde. E por mais que eles venham a conseguir um habeas corpus, sair com recurso, esses caras não têm perdão, porque não querem ser perdoados. Essa família nunca procurou a minha para se dizer arrependida. Eles não estão interessados em perdão, querem só sair da prisão. Quando fugiram da cena do crime, largaram meu filho no chão agonizando, foram covardes e continuam sendo. Em nenhum momento se mostraram pessoas decentes, que dão valor à vida do outro. É o meu filho, a minha família que está destruída, mas é um crime contra a sociedade, pode acontecer com qualquer um. Nunca se mostraram cidadãos, humanos, nesses quatro anos e meio. Um pai que é covarde ensina um filho a ser covarde e isso nossa sociedade precisa refletir muito.

Como é conviver com essa dor da perda de um filho?
Não tenho como ir contra, é enorme, mas com o tempo você vai respeitando e aceitando a própria dor.  Ela só vai embora quando eu fizer a minha passagem. Mas o tempo é um grande aliado. Hoje, eu cuido, aceito e respeito. E acho que assim eu abro um espaço para que minha alegria possa viver com a dor.

De onde você tirou forças para seguir adiante?
O compromisso que tenho na vida é com a alegria, meu filho Rafael me passou isso. Apesar destes obstáculos horrorosos, temos de buscar a felicidade o tempo todo. Mas a força, em primeiro lugar, vem do Rafael.  Ele era um anjo, é um anjo.

Como se relaciona com a fé?
Nasci em uma família católica, sou devota de Santa Clara, Nossa Senhora está sempre aqui comigo. Mas sou totalmente ecumênica, também busquei outros caminhos porque acho a crença muito maior do que religião. Já perdi pai, mãe, filho. Mas nunca, nada, abalou a minha fé. Sou bastante espiritualizada. Quando acabo de rezar, agradeço e peço sempre força e luz para evoluir. Esse é o grande barato da nossa experiência aqui na Terra. Não quero, de jeito nenhum, sair de cena da mesma maneira como entrei. Quero sair bem melhorada. A fé ensina isso. Quando temos fé que vamos evoluir, luz, tudo acontece. Ter fé é acreditar. E são vários os caminhos.

Como se sente aos 57 anos?
Bem. Me cuido bastante, a saúde vem em primeiro lugar, bem antes da estética. Sou vaidosa no limite, já coloquei botox, nunca fiz plástica, mas sou mega a favor. Se precisar, faço. Desejo que o tempo seja meu amigo, preciso ser conivente com ele e não lutar contra, ele é invencível, soberano. Tenho de evoluir, trabalhar com ele. Hoje, aceito minhas limitações, não tenho, por exemplo, mais o bumbum tão duro... Mas acho que sou uma senhora bacana, uma jovem senhora com espírito de moleca.

Você está namorando?
Não. Estou feliz, trabalhando muito... Então, um amor no momento seria difícil. Também já passei por tantas coisas, casei, descasei... Agora quero um companheiro, não um marido, namorado, nada de rótulo, quero mesmo é um parceiro.

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