O governo de MS irá cortar 22 mil dos 45 mil benefícios concedidos por meio do programa Vale Renda, ou seja, 48,8% do total. A medida será feita após descoberta de irregularidades, como concessão em duplicidade com Bolsa Família ou repasse para famílias fora da situação de vulnerabilidade.
A equipe técnica da Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) fez cruzamento dos dados do Vale Renda com o Cadastro Único – um instrumento do governo federal que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda.
Nessa varredura, foram descobertos casos de famílias que recebem Vale Renda e Bolsa Família e repasse indevido a pessoas fora da situação de vulnerabilidade. É o caso de uma família de Batayporã, composta por quatro pessoas, e com renda familiar de R$ 6.072, mas que continuava a receber o auxílio de R$ 180.
Em Campo Grande, uma família de três pessoas com salário de R$ 5.622 recebia o Vale Renda. E em Três Lagoas, uma família do mesmo tamanho e R$ 3.372 mensais, também era beneficiada. Tem ainda casos de famílias que há mais de 12 anos recebem o benefício, criado em 2007.
De acordo com o corpo técnico da Sedhast, algumas dessas pessoas superaram a situação de vulnerabilidade porque conquistaram emprego ou se aposentaram e hoje não se enquadram mais nos critérios, mas continuaram a receber o benefício.
O secretário-adjunto Adriano Chadid explicou que o combate aos desvios é necessário para a manutenção do Vale Renda. “Queremos ampliar a rede de parceiros, evitar duplicidade e desvios”, concluiu.
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