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Após agressão e fuga

80% das delegacias de MS tem apenas um policial no plantão, diz Sinpol

23 Nov 2015 - 14h55Por Campo Grande News

O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) afirma que 80% das delegacias de Mato Grosso do sul contam com apenas um policial durante o plantão para vigiar das celas com presos acima da capacidade que a delegacia comporta e ainda fazer atendimento ao público. A informação foi repassada na manhã de hoje (23), durante coletiva de imprensa.

A questão de presos custodiados em delegacias, voltou a ser discutida neste fim de semana após a agressão de um policial na delegacia de Itaquiraí, distante 410 quilômetros de Campo Grande. O investigador Arlei Marcelo Farias, 38 anos, foi ferido na cabeça a golpes de barra de ferro, quando vigiava sozinho 21 presos. Depois da agressão, cinco detentos fugiram levando a arma e o carro do policial. Arlei foi levado ao hospital de Dourados e recebeu 15 pontos na cabeça.

Conforme o presidente do sindicato, GianCarlo Miranda, o policial civil sofre um desvio de função, porque passou pela academia para fazer serviço de investigação, porém acaba fazenda a função de um agente penitenciário. “Essa situação atrapalha as investigações e além disso não existe efetivo suficiente para fazer custódia de presos”, afirma.

Desvio de função, falta de efetivo e a superlotação de presos preocupam e segundo o sindicalista 80% das delegacias contam com apenas um policial por plantão. Em Ponta Porã, por exemplo, as celas tem capacidade para 8 presos, porém está com 23 e na passada o número era de 46.

Em Miranda a situação não é diferente. Por lá, a capacidade é de 16 e está com 33 presos. O 4º DP, que fica nas Moreninhas tem capacidade para 24 e hoje está com 44 detentos. “Em todas essas delegacias fica um policial para fazer a custódia dos presos e atendimento ao público, além de investigar crimes”, reclama o sindicalista.

 
O investigador Arlei foi agredido na tarde do último sábado. Ele vigiava sozinho de 21 presos, cinco fugiram após a agressão. (Foto: divulgação) O investigador Arlei foi agredido na tarde do último sábado. Ele vigiava sozinho de 21 presos, cinco fugiram após a agressão. (Foto: divulgação)

As delegacias de Mato Grosso do Sul tem capacidade para aproximadamente 200 pessoas, mas atualmente estão com 900. “A Justiça acaba mantendo presos em delegacias, porque existe um deficit de cadeias públicas e vagas em presídios”.

Somente este ano, de janeiro até agora, de acordo com o sindicato, ocorreram fugas em sete delegacias. Em julho, um policial de 27 anos também foi agredido com barra de ferro por presos que fugiram das celas, no município de Água Clara. 

A delegacia de Itaquiraí chegou a ficar interditada, por não oferecer segurança e muito menos estrutura para abrigar presos, mas o prédio passou por reforma e voltou a atender. “O problema de interdição é frequente em delegacias, que funcionam mesmo sem estrutura nenhuma”, afirma GianCarlo.

Segundo o sindicato, em casos de fuga o policial é responsabilizado administrativamente e criminalmente. Nós estamos desesperados, porque a situação é muito grave e precisa ser revista com urgência”, destaca o vice-presidente do Sinpol Paulo Queiroz.

Outro problema que a polícia enfrenta é a falta de viatura, principalmente as descaracterizadas que são usadas para investigação. “A maioria das delegacias funcionam com 1 viatura apenas e as outras estão no conserto. “As equipes da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) mesmo tem que revezar a viatura, porque só tem uma. A última compra de carros foi feita há 6 anos”, reclama Paulo.

Para tentar resolver parte do problema, o Sinpol ameaça manifestação com a entrega das chaves das celas. No dia 12 de dezembro será feita uma assembleia geral para definir e cobrar ações do governo. “Nós queremos pelos menos três policiais de plantão ou que coloque agente penitenciários nas delegacias para cuidar dos presos”, afirmam os sindicalistas.

O delegado Sidnei Alberto, chefe da assessoria de imprensa da Polícia Civil, informou que 191 policiais serão lotados no interior do Estado. “A gente faz o melhor com que nos temos. A cobrança deve ser direcionado ao judiciário, pois depois que o juiz decreta a prisão, a responsabilidade do preso não é mais da delegacia”, explica.

O Campo Grande News tentou falar com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), mas não conseguiu contato com a assessoria de imprensa. 

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