Mãe é presa por não pagar pensão e pai se desespera ao ver Conselho Tutelar levar crianças

O mecânico Manoel Viana dos Santos, de 48 anos, morador da Jardim Nhanhá, está vivendo uma situação dramática desde a manhã desta quarta-feira (5). Ele viu a mulher ser presa por uma dívida de pensão e o Conselho Tutelar levar os três filhos do casal, de 3 anos, 2 anos e 4 meses.

Segundo Manoel, os problemas da família começaram há três anos. A mulher dele, Maria Conceição Nunes Pimentel, de 30 anos, tem além dos três filhos em comum, duas filhas do primeiro casamento.

Uma das meninas teria caído durante uma brincadeira de amarelinha e ralado o joelho. O mecânico afirma que após o machucado, o pai das meninas o denunciou, dizendo que ele havia agredido as crianças e que teria deixado as meninas de joelho no chão quente. “Não tem nada comprovado, meu advogado pediu laudos, mas não tem nada comprovado. Todos os pedidos do meu advogado são negados”, protesta o mecânico.

Após a denúncia, o caso foi para a Justiça e a mãe perdeu a guarda das crianças. Desde então, ela não tem mais contato com as filhas. O pai das meninas também entrou com um pedido de pensão alimentícia e a Justiça decidiu que a mulher deveria pagar R$ 50 por mês para as filhas.

Como são muito humildes e a renda da família é obtida dos trabalhos do mecânico e de um benefício do Bolsa Família, o casal não pagou a pensão e a dívida já está em R$ 3 mil.

Emocionado, Manoel diz que não tem mais lágrimas para chorar e enquanto conversava com a equipe do Jornal Midiamax, duas vizinhas foram até a casa, compadecidas da situação e afirmando que o conhecem desde criança, e que nunca fez nenhum mal aos filhos ou as filhas do primeiro casamento da mulher. Os próprios vizinhos escreveram cartas de próprio punho para que ele pudesse apresentar à Justiça e comprovar que é uma pessoa idônea.

Reprodução

O mecânico diz que foi feito um acordo e que começariam a pagar a dívida, mas nessa manhã, o Conselho Tutelar e a polícia foram até o local e cumpriram um mandado de prisão por pensão alimentícia em nome da mulher. “Eles chegaram e disseram que iam conversar, mas a colocaram na viatura e levaram para a delegacia. Cadê os direitos da minha mulher. Só quero o que é justo”, afirma Manoel.

Maria foi encaminhada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e segundo informações policiais na noite desta quarta, havia sido encaminhada para uma das celas da 2ª Delegacia de Polícia Civil.

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