Matadores de empresário são os mesmos que executaram rapaz no lixão

Os envolvidos no roubo do veículo e morte do empresário Erlon Peterson Bernal, 32, também estão ligados a outro latrocínio registrado em Campo Grande, tendo como vítima Jadson Diego dos Santos Romulado, 25, ocorrido em fevereiro. A participação deles no crime acabou vindo à tona no contexto das investigações realizadas pela Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), que elucidou a morte de Erlon no último domingo, localizando o seu corpo e prendendo quatro pessoas.

No caso de Jadson, ele teria recebido R$ 10 mil num sorteio de prêmios e acabou desaparecendo misteriosamente algum tempo depois. Segundo as informações, o rapaz desapareceu no dia 6 de fevereiro, após sair de casa, no Parque do Lageado.

A comunicação do seu desaparecimento à polícia foi feita por um amigo da vítima, F.F.A., 24, no dia 10 do mesmo mês. Ele relatou na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga que Jadson teria problemas psiquiátricos e não estava fazendo uso de medicamentos por ocasião de seu desaparecimento.

Passados 13 dias do sumiço, uma ossada humana foi encontrada em área próxima ao lixão de Campo Grande, na região da saída para Sidrolândia. Conforme a polícia, uma pessoa que passava pelo local entrou alguns metros no mato e acabou se deparando com uma ossada em uma vala.

Pelas circunstâncias verificadas no local, o corpo teria sido jogado numa vala e sobre ele queimado pneus para que também os ossos fossem queimados e dificultassem uma identificação. A polícia, confrontando com informações sobre pessoas desaparecidas, acabou chegando à identificação de Jadson. Ontem pela manhã, o delegado Edilson dos Santos, da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH), esteve novamente no local com peritos criminais, levantando mais detalhes sobre a execução do crime.

Também ontem, a delegada Maria de Lourdes de Souza Cano, titular da Defurv, confirmou o envolvimento dos matadores de Erlon no latrocínio contra Jadson. Mas detalhes desse segundo caso, conforme a autoridade policial, estão sendo apurados pela DEH.

Caso Erlon
No episódio que vitimou Erlon Perterson, ele estava desaparecido desde terça-feira da semana passada, quando foi mostrar um Golf, que havia anunciado em um site, para um suposto comprador, na rotatória perto da Coca-Cola, saída para São Paulo. De lá ele foi atraído para um imóvel na Rua Rio Grande, Bairro  São Jorge da Lagoa, com a desculpa de que o carro seria para outra pessoa. No local, foi executado com um tiro na cabeça. O seu corpo só foi encontrado no fim da tarde de domingo (6).

Quatro pessoas foram presas por envolvimento na morte de Erlon, uma delas adolescente. Um funileiro, que descaracterizou o veículo da vítima, substituindo a sua cor, de prata para branco, chegou a ser preso e autuado em flagrante por receptação, após ter recebido o veículo produto de roubo em depósito. Mas acabou pagando fiança,  arbitrada em quatro salários mínimos, e colocado em liberdade provisória.

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