PRP ignora briga por paternidade no PSB e mantém apoio a Marina Silva em MS

O comando do PRP (Partido Republicano Progressista) em Mato Grosso do Sul anunciou nesta sexta-feira (22) que mantém sua posição de apoiar o PSB no plano nacional e, por isso, fará a campanha normalmente de Marina Silva à Presidência da República, independentemente das divergências em torno da mudança na chapa socialista a partir da morte de Eduardo Campos (PSB-PE). 

 

Na última quarta-feira (20), o PSB oficializou a ex-senadora como candidata ao Palácio do Planalto e o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como candidato a vice. 

 

Marina, que antes era candidata a vice na chapa, substitui Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo na quarta-feira passada (13), em Santos, no litoral paulista.

 

Liberado nos estados por decisão do diretório nacional, o PRP integra a coligação que apoia a candidatura de Delcídio do Amaral (PT) à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB). 

 

Segundo o presidente regional do PRP, Dorival Betini, o partido continua firme com suas convicções políticas e está unido para eleger Marina Silva presidente da República em outubro. 

 

“Não vejo porque mudar o projeto no meio do caminho, até porque os partidos têm adotado um discurso de que é necessária uma nova política baseada em alianças programáticas e não fundamentadas na distribuição de poder”, disse Betini, referindo-se a coligação Unidos pelo Brasil (PSB,Rede,PPS,PPL, PRP e PHS) em favor de Marina Silva. 

 

Ele disse que o presidente nacional do seu partido, Ovasco Resende, participou de reunião fechada na última quarta-feira (20) com integrantes da coligação Unidos pelo Brasil, em Brasília, na qual Marina Silva oficializou internamente sua candidatura à Presidência da República, tendo como vice o deputado Beto Albuquerque. 

 

Além de Ovasco Resende, estavam presentes o secretário-geral do PRP, Lelé Arantes, o presidente Nacional do PHS, Eduardo Machado, o secretário-geral do PHS, Luiz França, o presidente do PPL de São Paulo, Miguel Manso, e o presidente do PPS, Roberto Freire.

 

No sábado, o presidente nacional do PRP segue para Recife, onde participará do lançamento oficial da candidatura de Marina Silva e Beto Albuquerque ao Palácio do Planalto.

 

 

 

Ao contrário do PRP e outros partidos aliados, há um clima divergente em alguns grupos políticos em torno das mudanças ocorridas na chapa liderada pelo PSB. 

 

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o vice-presidente regional do PSB, ex-deputado estadual Sérgio Assis, discorda da indicação do nome da coordenadora executiva do Rede/MS, Tatiana Ujacow, para comandar a campanha de Marina Silva no Estado, conforme garantem interlocutores da coligação. 

 

Na quinta-feira (21), o presidente regional do PSB,  prefeito de Dourados, Murilo Zauith, garantiu que  Tatiana Ujacow deverá coordenar a campanha de Marina Silva no Estado, fato que abriu divergências dentro de setores de seu grupo político. 

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