Reinaldo e Zé Teixeira em recente encontro. DivulgaçãoApesar de demonstrar certo distanciamento em torno das articulações visando à eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) tem interesse em indicar um aliado para suceder o deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) na Presidência da Casa.
O desejo do governador eleito ficou evidenciado esta semana quando ele aconselhou o deputado estadual Onevan de Matos (PSDB) a entrar em entendimento com o democrata Zé Teixeira (DEM) visando à composição da Mesa Diretora.
Onevan e Zé Teixeira também são alternativas na base aliada no futuro governo tucano para presidir a Casa. Essa mobilização, no entanto, ameaça a candidatura do deputado Júnior Mochi (PMDB), que trabalha nos bastidores para suceder Jerson Domingos a partir da próxima legislatura.
Publicamente, Reinaldo Azambuja evita dar palpites e apontar eventuais preferências sobre a composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, cuja eleição ocorrerá em fevereiro, quando os novos parlamentares tomarão posse.
No entanto, ele não pode esconder muito o desejo de contar com um deputado de seu grupo político à frente da direção da Casa, de preferência Zé Teixeira, pelo peso que o douradense teve em sua eleição.
Isso ficou evidenciado quando Reinaldo Azambuja foi procurado por Onevan esta semana. “Se você se entender com o Zé Teixeira eu banco a candidatura”, teria dito o governador eleito em recente encontro com o correligionário, conforme interlocutores.
Ocorre que, segundo as mesmas fontes, Zé Teixeira não estaria disposto a abrir mão da Presidência e muito menos aceitar o cargo de primeiro-secretário como uma espécie de recompensa pelo que fez à frente da coordenação da campanha vitoriosa de Reinaldo Azambuja no segundo turno das eleições.
FAVORITO
Apesar de toda essa movimentação nos bastidores, a notícia que se tem é que Júnior Mochi, atual líder do Governo na Assembleia, ainda seria o favorito a ocupar o cargo.
Além dele, a bancada do PMDB na Casa terá na próxima legislatura os deputados estaduais Eduardo Rocha, Maurício Picarelli, Antonieta Amorin, Renato Câmara e Marquinhos Trad, o campeão de votos nas eleições de outubro.
Fortalecido pelo fato de o PMDB ter sido a bancada que mais elegeu representantes para a próxima legislativa (6 deputados) e, portanto, terá o maior poder de barganha na Assembleia, Júnior Mochi seria o favorito para suceder o presidente Jerson Domingos a partir de fevereiro de 2015.
Para continuar à frente do comando do Poder Legislativo, cargo que está sendo ocupado por Jerson Domingos desde o primeiro mandato do governador André Puccinelli, o PMDB usa como principal estratégia o fato de liderar o número de parlamentares que integrarão a base aliada do governador eleito na Casa.
Além dos votos dos correligionários, Mochi aposta no apoio que diz ter do bloco de partidos aliados.
Nas contas do PMDB, além de ter os votos dos seis deputados eleitos pelo partido, ainda tem a aliança com os dois do PT do B, Márcio Fernandes e Mara Caseiro, assim como de José Carlos Barbosa do PSB e Lídio Lopes do PEN.
Ele esperar contar ainda com os votos do PSDB, que além de Onevan, elegeu Rinaldo Modesto, Flávio Kayatt e Ângelo Guerreiro, além do DEM, de Zé Teixeira.
BAIXA
Em conversa na quarta-feira com o jornalista Manoel Afonso, a deputada Mara Caseiro assegurou ter pretensões de tentar se viabilizar para disputar a Presidência ou outro cargo na Mesa Diretora, o que leva a crer que ela estaria disposta a retirar seu apoio a Júnior Mochi. Se isso vier a ocorrer, seria a primeira baixa na candidatura peemedebista.
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