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CORONAVIRUS NO MS

Coronavírus quase levou o Pastor Edgard à morte, mas ele sobreviveu a 26 dias em coma

Não há, no entanto, previsão de alta hospitalar. Esposa dele afirma que marido estar vivo "é um milagre"

21 Abr 2020 - 11h33Por Campo Grande News
O relato da professora Deanie Valesca Arce Ortiz Pereira, de 47 anos, é de quem enfrentou de frente o medo da maioria hoje no mundo: a covid-19. “A sensação é de que foi um sonho. Que eu dormi esse tempo todo. A gente vê acontecer lá fora, mas parece que nunca vai chegar na gente. Em três semanas que chegou no Brasil, de repente a doença estava dentro da minha casa”, diz.
 
Ela fala do marido, cinegrafista e também pastor, Edgard das Neves Pereira, 51, que teve alta da UTI, depois de 26 dias em coma induzida no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), onde está desde 23 de março.
 
A jornada, no entanto, começou antes, em 18 de março, quando Edgard teve os primeiros sintomas da doença. “Dores no corpo, febre, diarreia, dor de cabeça. Parecia dengue”, relata a esposa, que desde a internação ficou sem nenhum contato direto com ele.
 
Apenas nesta segunda-feira é que ela teve autorização do hospital para ver o marido e a acompanhá-lo de perto. “Ele passou 26 dias na UTI, em coma induzido, saiu hoje. Todo tempo que ele permaneceu lá esteve entubado”, justifica.
 
A primeira ida à uma unidade de saúde foi no dia  19 de março. Tanto Edgard quanto a filha mais velha do casal, de 22 anos, estavam mal e ambos foram até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Vila Almeida.
 
A filha melhorou, mas o marido, que é hipertenso e diabético, teve o quadro agravado. Ainda sem saber o que tinha, ele voltou à UPA. Lá, desmaiou e recebeu soro. Como não melhorou, foi encaminhado ao HRMS, de onde ainda não saiu.
 
“No mesmo dia levaram ele pro hospital, mas aí, dia 26, é que ele foi entubado. Ele piorou no hospital mesmo. Entrou na UTI e em coma induzido”.
 
Deanie conta que a partir dai agravou o quadro de falta de ar. “Ele já estava com pneumonia, mas a gente não sabia", lembra,
 
Para ela, o agravamento do quadro do marido, pode ter ocorrido por causa do histórico de diabetes e hipertensão, mas também pondera que “há casos e casos”.
 
"O que os médicos me dizem que é que depende muito do organismo de cada pessoa. Meu marido é sedentário, já vinha de um histórico de imunidade baixa porque tinha tido gripe recentemente e ficado de cama. Acho que foi uma série de fatores”, avalia.
 
Deanie diz que o marido pode ter se infectado trabalhando ou durante uma reunião de amigos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Contágio – A família não sabe onde pai e filha podem ter se infectado com o novo coronavírus. “Pode ter pego no trabalho, porque ele filmou um baile onde estava uma moça que depois descobrimos que estava infectada, ou pode ter sido em reunião com alguns amigos que vieram do Paraná”, relata Deanie.
 
A "moça" cita é Thayany Silva, 23 anos, o primeiro caso confirmado da doença em Campo Grande, no dia 14 de março.
 
Já entre os amigos, dois paranaenses e outro, aqui da Capital, que também se reuniram com a família, testaram positivo para covid-19 depois do encontro. “Esse amigo aqui de Campo Grande também internou, tem asma, mas não precisou ficar entubado. Grave mesmo ficou meu marido”, conta.
 
Para ela, Edgard estar vivo é um milagre e mesmo tendo medo de que ele não resistisse à doença, afirma que sentia que esta “não era a hora dele”.
 
“Meu lado como esposa teve medo dele não resistir, mas a minha confiança em Deus era de uma convicção de que não era a hora dele. A gente sabe que vai morrer um dia, não é essa a questão, mas eu tinha convicção de que não era a hora dele”, revela a esposa, que também é pastora.
 
A expectativa dela é que ainda essa semana Edgard receba alta, mesmo não tendo nenhuma previsão médica para tal. Ela agradece amigos e familiares e também à equipe do hospital, que a manteve informada de tudo. “É muito empenho e dedicação”, afirma.
 
Dados de hoje da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que atualmente, 21 pessoas estão internadas em tratamento de covid-19 em Mato Grosso do Sul. Outras 16 já receberam alta. 

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